(Bruno Cantini/Atlético)
A reverência da torcida atleticana não deixou dúvidas. A atuação de Juan Cazares diante do Botafogo fez a Massa se recordar de Ronaldinho Gaúcho. Os dois gols e as duas assistências na vitória por 5 a 3, na quinta-feira (30), elevaram o meia equatoriano ao posto de melhor jogador estrangeiro desta edição do Brasileirão (veja a lista abaixo).
Mais do que isso, o camisa 11 alcançou a liderança geral (incluindo os brasileiros) na Bola de Prata da revista “Placar”, o mais tradicional e conceituado prêmio da competição. Juanito supera os convocados olímpicos Gabriel Jesus (Palmeiras) e Gabriel Barbosa (Santos) e, se mantiver a posição, levará o troféu dourado para casa.
Em um campeonato recheado por jogadores internacionais (ao todo, 56 atletas distribuídos por 16 clubes), Cazares tem roubado a atenção. E a eficiência nas estatísticas individuais alavancou o Atlético até a briga por um lugar no G-4.
O meia ainda não saiu de campo derrotado na competição (cinco vitórias e um empate), e alcançou o sexto gol em seis partidas disputadas, além de três assistências. Foram oito participações nos 13 gols marcados pelo Galo quando teve Juanito em campo.
“Ele está passando por um grande momento. Tomara que continue com essa ótima sequência e nos ajude a conseguir mais vitórias”, avalia o zagueiro Erazo, compatriota do armador.
“O Cazares está muito bem. É um jogador com quem conversamos para dar força, para dar confiança, porque ele é muito hábil e muito criativo”, disse o técnico Marcelo Oliveira, ao celebrar a quarta vitória seguida no Brasileirão.
Curtindo a melhor fase da carreira, Juanito agora pretende alcançar degraus mais altos na seleção do Equador. Nome frequente nas convocações, o atleta esteve na Copa América Centenário, mas foi suplente com o treinador Gustavo Quintero. Atualmente, o armador da equipe é Jefferson Montero (Swansea-ING).
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Comparações
A torcida do Atlético festejou a performance de Cazares até mais do que a vitória sobre o Botafogo. Na internet, pipocaram montagens do equatoriano, apontado em uma delas como uma "fusão" de Pelé com Ronaldinho.
O desempenho fez lembrar o de R10 na goleada de 6 a 0 sobre o Figueirense, em 2012, quando o craque fez três gols e deu duas assistências. Coincidentemente, o ex-melhor do mundo acabou o Campeonato Brasileiro daquele ano como melhor jogador e recebeu a Bola de Ouro.