(Maurício Vieira)
Após 180 dias de pausa devido à pandemia de Covid-19, a tradicional Feira de Arte e Artesanato da avenida Afonso Pena, no Centro de BH, retomou as atividades na manhã deste domingo (27), com mudanças que tornaram o espaço mais amplo.
A principal delas é a extensão do evento, que agora vai do cruzamento da rua Guajajaras com Afonso Pena até a Praça 7. As barracas estão distanciadas entre si e a área central de cada pista da via foi deixada livre para a circulação dos visitantes.Maurício Vieira
Rosi Papatela: sem "asfixia"
Para a vendedora de bijuterias de aço e prata Rosi Papatela, de 50 anos, o retorno neste formato melhorou a vida tanto de feirantes quanto de clientes. Segundo ela, a retomada foi no tempo certo, devido à necessidade das medidas de prevenção à doença causada pelo novo coronavírus.
“A gente ficava muito apertado e dava até uma 'asfixia'. Eu estou gostando bastante, mas agora vamos ver o povo, se eles animam voltar porque tá tudo muito novo para todo mundo”, disse.Maurício Vieira
Gilmara Soares: saudades da feira
A enfermeira Gilmara Soares, de 43 anos, contou que costumava frequentar a feira três domingos por mês no período anterior à pandemia. Nesta retomada, ela afirmou ter tido dificuldade de encontrar os quiosques preferidos, de itens para casa e acessórios femininos, devido às mudanças.
Apesar disso, ela aprovou o novo formato. “Estava com saudades da feira. Estou meio perdida ainda, mas a gente se adapta. Agora, está mais longe, mas eu prefiro, porque não fica todo mundo batendo no outro. Está mais espaçoso”, disse.
Leia mais:
Integrantes do setor de alimentação da Feira Hippie protestam, neste domingo, na Afonso PenaMaurício Vieira
Eva Ivanir: desanimada com setor de alimentação separado
Setor de alimentação
Porém, o novo formato não agradou a todos. O setor de alimentação, por exemplo, foi retirado da Afonso Pena e posicionado nas ruas Espírito Santo e avenida Álvares Cabral. Mais cedo, um grupo de 50 feirantes realizou manifestação para pedir o retorno dos trabalhadores para a via.
A dona de casa Eva Ivanir, de 56 anos, reprovou a mudança. Para ela, que tem o hábito de consumir salgados e churrasco quando vem à feira, o novo local do setor alimentício é “fora de mão”. “Ficou longe. Era melhor aqui. Ficava mais fácil pra gente. Agora, desanima”, relatou.
Confira a galeria de imagens deste primeiro dia de retorno: