risco à ordem

Justiça decreta prisão preventiva de bolsonarista que matou tesoureiro do PT durante aniversário

Raíssa Oliveira
raoliveira@hojeemdia.com.br
11/07/2022 às 13:39.
Atualizado em 11/07/2022 às 13:45
 (Reprodução / Redes Sociais)

(Reprodução / Redes Sociais)

A Justiça do Paraná decretou a prisão preventiva do apoiador de Bolsonaro supeito de assassinar o tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, no último sábado (9). O anúncio foi feito em coletiva do Ministério Público do Paraná (MP-PR) na manhã desta segunda-feira (11).

O guarda municipal Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos, foi morto a tiros na própria festa de aniversário - com temática do Partido dos Trabalhadores e do ex-presidente Lula - quando o local foi invadido pelo policial penal Jorge José da Rocha Guaranho. 

Segundo a decisão da Justiça, a prisão foi decretada tendo em vista que o suspeito "coloca em risco a ordem social". 

“Aparentemente por motivos de cunho político, praticou atos extremos de violência contra a vítima, que sequer conhecia, tendo invadido a sua festa de aniversário e após uma discussão inicial deixado o local, retornando cerca de dez minutos depois armado, efetuando na presença de diversos convidados os disparos de arma de fogo, em decorrência dos quais a vítima faleceu”, diz trecho da decisão. 

Além disso, a decisão judicial ressalta que o delito é agravado por o autor ser agente de segurança pública. "O que eleva ainda mais a gravidade do delito considerando que este age (ou deveria agir) em nome do Estado, em prol dos interesses da coletividade. Portanto, a concessão da liberdade, neste momento, geraria sentimento de impunidade, serviria de estímulo à reiteração criminosa e colocaria em risco a sociedade”, finaliza.

Durante a coletiva, o promotor de Justiça Tiago Lisboa Mendonça disse que o caso também será investigado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Ele afirmou que alguns pontos cruciais precisam ser apurados.

"Qual razão ele esteve no local? Foi apurado que ele era membro de uma associação da região. Em razão de que ele poderia estar aí fazendo rondas externas que eram feitas, mas é necessário apurar", disse.

Outro motivo, de acordo com o promotor, é se havia alguma indicação de que ali ocorria festa temática.

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