Moradores do Aglomerado da Serra, em Belo Horizonte, participaram de uma reunião com representantes da Tamisa e parlamentares da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa (ALMG) na quarta-feira (2). O objetivo da reunião foi assegurar aos moradores espaço de fala.
Os deputados alegaram que a comunidade não foi ouvida durante o processo de autorização, concedida pelo Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam).
Apesar da comoção gerada em torno da reunião, com grande mobilização de ambientalistas, a permissão foi concedida por oito votos a quatro. Um total de 41 hectares de Mata Atlântica podem ser devastados, seis deles em área de preservação, sendo que a área do empreendimento totalizaria 101,24 hectares e que seriam diretamente afetados.
Na avaliação da presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputada estadual Andréia de Jesus (Psol), “centenas de famílias estão apavoradas, sem saber o que acontecerá”. ‘O mais triste é que em nenhum momento as famílias foram consultadas”, acrescentou a parlamentar.
Também nesta quarta-feira, a mineração na Serra do Curral foi debatida em Brasília. A pedido da deputada federal Áurea Carolina, parlamentares realizaram audiência pública para debater o avanço da mineração em Minas Gerais.
Desde que o projeto foi aprovado no Copam, quatro processos pedindo a suspensão do licenciamento foram protocolados na Justiça estadual.