O gerente de uma lanchonete em Copacabana, na zona sul do Rio, denunciou à polícia uma cliente que o chamou de "macaco" na noite do domingo (4). A mulher foi autuada por injúria racial, crime que pode ser punido com um a três anos de prisão, além de pagamento de multa.
Segundo testemunhas que foram à delegacia apoiar o gerente, a mulher se revoltou com o fato de o banheiro do estabelecimento estar fechado e começou a xingar e a humilhar o funcionário. O caso aconteceu às 20h30 do domingo e a lanchonete estava cheia.
"Ela começou a xingar com palavras agressivas, com agressões verbais de tudo que é forma. Começou a bater no vidro, insistindo em me xingar de 'macaco'. Lá fora bateu no vidro e me chamou de 'macaco' bem alto. A própria colega dela tentou tapar a boca dela, sabendo que ela estava errada", contou o gerente da lanchonete, identificado como Paulo César, à reportagem da TV Globo. "Eu me senti humilhado, não esperava que isso fosse acontecer no meu próprio local de trabalho, onde trabalho há 12 anos. Isso não deve acontecer com ninguém."
Previsto no artigo 140, parágrafo 3º, do Código Penal, o crime de injúria racial se caracteriza pela ofensa "da dignidade ou do decoro utilizando elementos de raça, cor, etnia, religião, origem ou condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência".
Segundo a polícia, a mulher foi autuada por injúria e injúria por preconceito e liberada em seguida.
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