Após assembleia realizada nesta terça-feira (7), os metroviários de Belo Horizonte decidiram pela manutenção da greve do metrô. Eles vão participar de uma reunião em Brasília (DF), nesta quarta-feira (8), intermediada pelo Ministério Público do Trabalho, que deve decidir os rumos da paralisação do serviço na capital mineira.
De acordo com o Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG), os servidores farão um ato de protesto em frente ao Palácio do Planalto às 9h desta quarta. A ação tem como objetivo reivindicar do governo a garantia de emprego para os 1,6 mil trabalhadores concursados da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU-MG).
Após o ato, será realizada a reunião entre o Ministério das Cidades, o Ministério Público do Trabalho, outras autoridades do Governo Federal e o Sindimetro-MG, quando será discutida a possibilidade de transferência dos metroviários de BH para outras unidades da CBTU no país.
Para esta quarta, o sindicato garantiu a continuidade da greve total, já que diversos funcionários estão indo para o ato em Brasília, o que impediria a circulação dos trens na capital mineira. As estações estão completamente fechadas desde 15 de fevereiro.
Sindicato quer garantias
De acordo com o Sindimetro-BH, os trabalhadores votaram na assembleia que a greve só será finalizada se conseguirem a assinatura de um documento que garanta a transferência dos servidores, já que, a partir de 10 de março, a Comporte, empresa vencedora do leilão da CBTU-MG, assumirá o metrô.
Nesta quinta-feira (9), os metroviários farão nova reunião para discutir o resultado da reunião em Brasília. Caso o documento tenha sido assinado oficialmente, a greve poderá ser encerrada.
Entenda a paralisação
Em dezembro do ano passado, o metrô de BH foi privatizado em leilão realizado em São Paulo (SP). O grupo Comporte – que reúne empresas de transporte rodoviário e urbano de passageiros, cargas e turismos – venceu com lance único de R$ 25,75 milhões.
Em 15 de fevereiro, os servidores optaram por realizar uma paralisação cobrando o cancelamento da privatização. O Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Regional (TRT-3) determinou que os metroviários deveriam manter escala mínima de 70% no funcionamento do serviço, mas eles optaram por não aderir à redução e fazer a greve total.
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