A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) confirmou na tarde desta quarta-feira (1º) que o homem acusado de assediar e agredir F. G., de 24 anos, durante um bloco de Carnaval em Belo Horizonte, no último domingo (26), já foi intimado para prestar depoimento. A expectativa é que ele compareça à delegacia nos próximos dias.
O suspeito foi identificado após internautas divulgarem sua foto nas redes sociais. Ao se deparar com a imagem, a vítima não teve dúvidas e o reconheceu. "Me lembro bem do cara, um rapaz careca, que vestia camisa preta, tinha o resto pintado de laranja, uma cor meio terrosa, e os olhos de preto como um demônio. Ele estava me seguindo. Eu, junto dos meus amigos, estrenhei e fiquei com medo. Ele ficou por muito tempo atrás da gente e ficava me agarrando. Teve uma hora que fui até ele e pedi para que se afastasse de nós, ou chamaria os policiais. Nesse momento levei a cabeçada no nariz", contou.
Histórico
Durante a tarde do domingo (26) de Carnaval, a jornalista F.G., de 24 anos, estava com os amigos no bloco do Queixinho, no Carlos Prates, região Noroeste de Belo Horizonte, quando um homem tentou assediá-la. Vendo que ela não o correspondia, o homem a agrediu.
“Ele encostava, mas o que me incomodava era o fato de estar muito próximo, querendo conversar demais, falando que queria beijar, falando umas coisas assim. Diante de várias negativas, não só minhas, mas da minha amiga, para se afastar, nada acontecia. Em determinado momento me irritei e cheguei para ele, com mum tom mais alto, dizendo que se não se afastasse, a gente teria que chamar a polícia. Ele se aproveitou que eu estava próxima a ele e acertou a cabeçada no meu nariz. E saiu andando, como se nada estivesse acontecido", relatou.
Depois do ocorrido, a vítima foi encaminhada ao atendimento médico móvel, realizado por uma ambulância que estava no local, onde recebeu os primeiros socorros. Em seguida, ela foi encmainhada para o Hospital João XXIII.
A jornalista também fez um exame de corpo de delito, no IML de Belo Horizonte. E a médica que a atendeu suspeita que ela tenha fraturado o nariz, o que não foi constatado no seu primeiro atendimento. Agora, ela fará novos exames e se a fratura for mesmo constatada, o agressor responderá por lesão corporal grave, além de assédio.