Homem que matou ex-mulher e três fiéis durante culto em Paracatu é condenado a 54 anos de prisão
(Tribunal de Justiça de Minas Gerais / Divulgação)
A Justiça condenou a 54 anos e oito meses de prisão, nesta segunda-feira (5), o homem que matou a ex-companheira durante culto na casa da irmã dele e, na sequência, invadiu uma igreja e matou três fiéis. O crime ocorreu em maio de 2019, em Paracatu, no Noroeste de Minas.
A juíza Fabiana Cardoso Gomes Ferreira, do Terceiro Tribunal do Júri do Fórum Lafaiete, condenou Rudson Aragão Guimarães, de 42 anos, pelo crime de feminicídio, contra a ex-companheira Heloísa Vieira Andrade, de 59, quando ela estava participando de um culto na casa da mãe do réu. A vítima foi assassinada com golpes de canivete na presença da irmã, da mãe e de um sobrinho de Rudson.
Logo depois, o réu percorreu três quarteirões a pé e entrou armado em uma igreja evangélica procurando pelo pastor Evandro Rama, dizendo que iria matá-lo. Pelo menos 20 pessoas estavam no local.
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que Rudson Guimarães, armado, arrancou o portão do templo e invadiu o local. Ele rendeu as vítimas e atirou na cabeça de três pessoas. Todas morreram. Veja o vídeo:
As vítimas foram Rosângela AlBernaz, de 50 anos; Marilene Marins de Melo Neves, de 38; e Antônio Rama, de 67, pai do pastor.
Segundo testemunhas, Rudson entrou na igreja descontrolado e com falas desconexas dizendo que iria "matar o pastor".
O pastor Evandro Rama, que celebrava o culto no momento da invasão, conseguiu fugir pelos fundos da igreja, acompanhado de outros fiéis. Ele pulou o muro, fraturou o pé e precisou ser levado para o hospital municipal para receber atendimento médico.
(Redes Sociais / Reprodução)
Testemunhas contaram à Polícia que Rudson Guimarães não gostou de ter sido advertido pelo religioso por causa de seu comportamento.
Militares que passavam pelo local entraram na igreja e dispararam contra o autor, que ainda tinha outras seis munições intactas.
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