Suspeito teria participado do ataque utilizando um uniforme similar ao do líder da torcida organizada
(Reprodução Redes Sociais)
Mais um integrante da torcida organizada Mancha Alviverde, um dos procurados pela polícia após o ataque a membros da Máfia Azul, em outubro deste ano, se entregou às autoridades nesta terça-feira (10). A ação violenta resultou na morte de um cruzeirense.
O suspeito, de 34 anos, estava com um mandado de prisão provisória desde novembro e se apresentou acompanhado de seu advogado. Ele responderá por crimes graves, como homicídio qualificado, lesão corporal e associação criminosa. Apesar de não ocupar um cargo oficial na diretoria da torcida organizada, o suspeito era próximo do presidente da entidade e teria participado ativamente do ataque, utilizando um uniforme similar ao do líder da torcida.
"Um dos homens procurados por envolvimento em uma emboscada a torcedores do Cruzeiro se apresentou no Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) na tarde desta terça-feira (10)", informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP) em nota.
Com a prisão, o número de envolvidos detidos no caso chegou a 13. As autoridades intensificaram as buscas nos últimos dias, resultando na prisão de outros dez torcedores palmeirenses na semana passada. Jorge Luís Sampaio, ex-presidente da Mancha Alviverde, também é considerado foragido e deve se entregar nos próximos dias.
"Outras 12 pessoas já haviam sido presas por suspeita de participação no crime. A investigação segue em sigilo para o total esclarecimento do caso", detalhou a SSP..
Membro da torcida organizada Máfia Azul de Sete Lagoas, José Victor, morreu no confronto. O corpo dele é velado nesta terça. Ele era conhecido por compartilhar nas redes sociais a paixão pelo Cruzeiro.
Segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a confusão começou quando os torcedores palmeirenses, que voltavam de um empate contra o Fortaleza, se cruzaram com os cruzeirenses, que retornavam de Curitiba após uma derrota para o Atlético Paranaense.
A briga, marcada pelo uso de pedaços de madeira e fogo, resultou em danos a dois ônibus da torcida cruzeirense, um dos quais foi incendiado.
Tanto o Cruzeiro quanto o Palmeiras se manifestaram oficialmente lamentando o episódio. "Não há mais espaço para violência no futebol, um esporte que une paixões e multidões. Precisamos dar um basta a esses atos criminosos", declarou o clube mineiro. "Que os fatos sejam devidamente apurados pelas autoridades competentes e os criminosos, punidos com rigor", exigiu a equipe paulista.