Suspeito foi localizado na residência investigada e detido (Polícia Civil/Divulgação)
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou, nesta sexta-feira (2), que concluiu o inquérito que investigava a morte de uma mulher de 49 anos durante uma endoscopia, em uma clínica no Barreiro, em Belo Horizonte, em julho deste ano. As investigações apontam que não houve erro médico nem negligência.
As investigações apontaram que, após o início do exame, a vítima apresentou um quadro de “esforço respiratório”, evoluindo para uma parada cardiorrespiratória.
Mesmo após os procedimentos de urgência realizados pela equipe que realizava o procedimento e pelos médicos do Serviço Médico de Atendimento de Urgência (Samu), a mulher não resistiu.
Após a morte, familiares disseram que ela tinha doença de Chagas e utilizava um aparelho denominado cardioversor desfibrilador implantável para controlar os batimentos cardíacos. Parentes questionaram o fato das doenças que a vítima possuía não terem sido constadas nas fichas dos exames clínicos.
Após ouvir testemunhas e investigados, a PC entendeu que os envolvidos tomaram todas as providências possíveis e, por isso, não encontraram indícios de crime.
O inquérito foi encaminhado para a Justiça e será arquivado.
Relembre o caso
No dia 18 de julho, a vítima foi até a clínica para realizar um exame de endoscopia. De acordo com a Polícia Militar, funcionários da clínica acionaram a corporação dizendo que tentaram reanimar a mulher, mas não conseguiram.
O médico responsável pelo procedimento informou que a vítima estava sedada e não informou que tinha um aparelho cardiodesfibrilador, que é uma espécie de marcapasso.
Em um documento, preenchido por uma enfermeira da clínica, carimbado pelo médico e sem a assinatura da paciente, consta que a mulher sofria apenas de hipertensão e que fazia uso de remédios controlados para a doença. A filha dela, aos policiais, afirmou que a mãe não deixaria de informar sobre o equipamento implantado.