Itaú vai pagar quase R$ 469 mil ao condomínio JK para retirar tradicional letreiro de relógio

Cinthya Oliveira
18/09/2019 às 18:03.
Atualizado em 05/09/2021 às 21:49

Um acordo homologado na Justiça acatou um pedido do banco Itaú Unibanco para retirada do letreiro luminoso que está no alto do edifício JK, no Centro de Belo Horizonte, desde 1984. Conforme informações divulgadas pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a instituição financeira vai pagar quase R$ 469 mil, em duas vezes, ao condomínio, para quitar parcelas do contrato de locação do terraço da torre B.

As obras para a retirada do famoso relógio tiveram início, mas foram interrompidas nesta terça-feira (17) devido a um ajuste necessário na documentação da obra. De acordo com o Itaú, “atividades no local serão normalizadas assim que o documento for reavaliado pela autoridade competente e tem previsão de conclusão em outubro” (veja nota na íntegra abaixo).

A Defesa Civil de Belo Horizonte vistoriou a retirada do letreiro nesta quarta-feira (18) e não constatou risco iminente, pois a obra possui acompanhamento de profissional habilitado e fiscalização do CREA/MG. “Os responsáveis pela operação foram notificados a isolar a área, até que as medidas de segurança e prevenção de quedas de materiais sejam concluídas”, afirmou o órgão.

A direção do Edifício JK e o banco Itaú Unibanco não confirmam o acordo homologado na Justiça. Mas, de acordo com o TJMG, foi a instituição financeira quem moveu a ação para conseguir retirar o letreiro, dizendo que o condomínio vinha impedindo que os representantes do Itaú subissem no terraço para desmontar e retirar os equipamentos.

Para a Justiça, o banco afirmou que o equipamento se tornou irregular após a mudança no Código de Posturas do Município e que manifestou desejo de desligá-lo há dez anos. Somando-se a um reposicionamento de marca, o banco perdeu o interesse em manter o equipamento de publicidade na cobertura. A empresa chegou a notificar extrajudicialmente o condomínio, requisitando a retirada, e também propôs a doação do equipamento ao JK, que também não foi aceito.

A reportagem não conseguiu falar com o diretor da Administração do Condomínio JK. Veja, na íntegra, a nota do banco Itaú:

"O Itaú Unibanco confirma a decisão de não renovar o investimento no relógio localizado na cobertura do Edifício JK. Parte do processo de retirada do equipamento está interrompido desde ontem (17) devido a um ajuste necessário na documentação da obra. As atividades no local serão normalizadas assim que o documento for reavaliado pela autoridade competente e têm previsão de conclusão em outubro".

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