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A Justiça converteu a prisão em flagrante do atirador de Paracatu, o militar reformado das Forças Armadas, Rudson Aragão Guimarães, de 39 anos, para preventiva. A diferença é que na prisão em flagrante, o suspeito pode ficar até cinco dias presos e depois conseguir liberdade para responder ao processo, possibilitando até mesmo uma fuga. Já na prisão preventiva, o período de prisão é de 30 dias, prazo que pode ser prorrogado, até que ele seja julgado. A decisão é do juiz José Rubens Borges Matos, da Vara de Feitos Criminais e da Infância e da Juventude de Paracatu.
O magistrado afirmou que a materialidade da infração penal ficou configurada pelo auto de prisão em flagrante delito e há indícios suficientes de autoria. “A periculosidade concreta do flagranteado impõe a manutenção do cárcere como medida de salvaguardar a ordem pública”, declarou.
Ainda conforme ele, pesaram para a decisão a necessidade da instrução criminal, pois a resposta do acusado aos agentes policiais, a análise dos seus antecedentes e a execução dos crimes indicam que ele poderia voltar a cometer outros crimes.
O crime aconteceu na última terça-feira (21), quando ele matou a ex-namorada e outras três pessoas em uma igreja evangélica em Paracatu, na região Noroeste de Minas. Uma das hipóteses trabalhadas pela Polícia Civil de Minas Gerais é a de que ele teria cometido os ataques por ter sido destituído de um cargo de liderança da igreja. O pastor da igreja seria o principal alvo do atirador. No entanto, ele conseguiu escapar.
O acusado foi ferido depois de atirar em uma refém durante as negociações com os policiais, que pretendiam que ele se rendesse e abandonasse o templo. Ele deixou o hospital, onde estava sob escolta, e foi levado para o Complexo Penitenciário Nossa Senhora do Carmo, em Carmo do Paranaíba.
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