Novo Acordo da Bacia do Rio Doce foi firmado na sexta-feira (25), em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília
A Associação Mineira de Municípios (AMM) defende que todos os municípios afetados economicamente pelo rompimento da Barragem de Fundão, da Samarco, Vale e BHP Billiton Brasil, em 2015, em Mariana, sejam compensados.
A ideia, conforme explica Dr. Marcos Vinicius, presidente da entidade, é elaborar estratégias para assegurar é que os repasses sejam feitos a todas as cidades, assim como determinou o acordo firmado para reparar os danos da tragédia da Vale, em Brumadinho.
“Se todos os municípios foram impactados, todos devem ser compensados. Nosso compromisso é garantir que aqueles que sofreram perdas, mesmo que não estejam diretamente na área atingida pela lama, sejam contemplados no processo de reparação econômica”, afirmou Marcos Vinicius.
O presidente da AMM vai se reunir com o governador Romeu Zema para discutir uma proposta de rateio. “Vamos trabalhar junto ao governador, Romeu Zema, e ao vice-governador, Mateus Simões, para desenvolver uma estratégia que assegure que os danos econômicos causados pela tragédia sejam devidamente compensados em todas as cidades que foram impactadas”.
O rompimento da barragem em Mariana, que causou a morte de 19 pessoas e devastou a Bacia do Rio Doce, gerou impactos financeiros diretos e indiretos em todas as cidades mineiras, especialmente pela queda nos repasses do ICMS e outros prejuízos econômicos.
“Novo Acordo da Bacia do Rio Doce”, firmado nesta sexta-feira (25), em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, é parte do esforço para reparar os danos ambientais e socioeconômicos causados pelo desastre de Mariana. O presidente da AMM acredita que a prioridade é defender os interesses dos 853 municípios mineiros.
“É um momento de celebração pelos avanços no acordo, mas precisamos continuar atentos e firmes para que nenhuma cidade fique de fora desse processo de compensação. A AMM estará à frente desse esforço”, concluiu.
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