Após acordo, policiais civis do Detran na Gameleira retomam atividades nesta terça

Juliana Baeta e Daniele Franco
10/12/2018 às 18:42.
Atualizado em 05/09/2021 às 15:29
 (Divulgação/PCMG)

(Divulgação/PCMG)

Os policiais civis que fecharam o Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG), no bairro Gameleira, região Oeste de BH, nesta segunda-feira (10), decidiram voltar ao trabalho nesta terça-feira (11), após diálogo e um acordo com o assessor de relações sindicais do governo de Minas, Carlos Calazans.

"Foi nos feita uma proposta para cessar o movimento e colocar a unidade novamente em funcionamento, e nós aceitamos. Vai haver um acréscimo de R$ 1000 no valor da primeira parcela do 13º, que deverá ser paga até o dia 13", conta o presidente do Sindicato dos Escrivães de Polícia de Minas Gerais (Sindep-MG), Bertoni Tristão.

Caso as promessas não sejam cumpridas, a categoria poderá paralisar as atividades novamente. A próxima assembleia está marcada para segunda-feira (17), na Gameleira.

Por causa da manifestação dos agentes, a assessoria da Polícia Civil havia afirmado, em nota, que "respeita os direitos de seus servidores e já está tomando as medidas cabíveis para que o atendimento aos cidadãos mineiros não seja prejudicado".

Reivindicações

A principal insatisfação da categoria é a mudança na escala de pagamento divulgada pelo governo do Estado na última sexta-feira (7). O valor da primeira parcela, que antes era de R$ 3 mil, foi ajustado e passa a ser de R$ 2 mil, a serem pagos na próxima quinta-feira (13) aos servidores, incluindo os policiais. O restante será depositado no dia 28 de dezembro.

Outro ponto de conflito é a indefinição sobre o pagamento do 13º salário. Quando divulgou a escala, a Secretaria do Estado de Fazenda (SEF) informou que deve realizar uma reunião na próxima sexta-feira (14) para discutir o pagamento do 13º salário.

"Além de policiais, somos cidadãos que têm famílias para cuidar, contas para pagar, vamos passar o Natal em necessidade. É uma falta de respeito do governo nos tratar assim", argumentou a diretora do sindicato.

A SEF foi procurada pela reportagem e reforçou que a escala foi montada com base no fluxo de caixa do Tesouro Estadual.

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