Vinte e quatro mil pessoas aguardam por cirurgias eletivas em Belo Horizonte. A demanda é maior para otorrinolaringologia, ortopedia e ginecologia. A fila chegou a ter 33 mil pacientes durante a pandemia. Apesar da redução, os números apontam a necessidade de ações para agilizar os procedimentos, conforme avalia a própria Secretaria Municipal de Saúde (SMSA).
As operações pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ficaram suspensas devido às internações por Covid-19. As contaminações mobilizaram a utilização integral dos leitos. A retomada das cirurgias tem sido gradual. Segundo a secretária municipal, Cláudia Navarro, desde março deste ano, o foco é dado aos procedimentos com maior tempo de espera.
"É preciso avaliar como a fila está andando e quantas cirurgias são realizadas. Fila vai ter", disse a secretária.
Belo Horizonte fechou o primeiro ano de pandemia com redução de 43% no número de cirurgias eletivas. Foram 22.270 em 2020, contra 39.688 em 2019. Em 2021, foram realizados 22.299 procedimentos. No primeiro semestre deste ano, 16,8 mil.
Cláudia Navarro afirmou, ainda, que uma das medidas da prefeitura é acionar a rede privada, quando o sistema público não consegue suportar a demanda. "Estamos tentando melhorar as tabelas e os incentivos para os hospitais", acrescenta.