Stephanie Regina Santos Quintão, de 28 anos, morreu em 2024 após bater em uma mureta na avenida dos Andradas, próximo do local onde trabalhava
Em fevereiro deste ano, em apenas 28 dias, foram registrados 1.405 chamados para o Samu envolvendo motocicletas (Maurício Vieira/ Hoje em Dia)
O 11 de julho em Belo Horizonte passou a ser, oficialmente, o Dia do Motociclista. A data homenageia Stephanie Regina Santos Quintão, de 28 anos, que atuava na Guarda Civil Municipal da capital e morreu em 2024 após bater com a moto em uma mureta na avenida dos Andradas, próximo ao local onde trabalhava.
A data foi instituída por meio da Lei 11.872/2025, sancionada no sábado (5) pelo prefeito da capital, Álvaro Damião. Originária do Projeto de Lei (PL) 171/2025, de autoria de Sargento Jalyson (PL), a norma reconhece a importância de motociclistas e moto clubes, e visa também à conscientização acerca da convivência harmoniosa entre motociclistas, pedestres, ciclistas e motoristas, a fim de promover um trânsito mais seguro e humanizado.
Sargento Jalyson comemorou a sanção da lei, dizendo acreditar em seus "bons frutos". Segundo ele, no próximo sábado (12), grupos de motociclistas e moto clubes estão se organizando para realizarem o primeiro evento em comemoração ao Dia Municipal do Motociclista.
“Uma motociata vai sair do Bairro Mangabeiras e se encerrar no Bairro Calafate. Haverá shows com bandas e arrecadação de alimentos, que serão doados a instituições. e uma homenagem à Stephanie Regina, que era integrante do motoclube 'Valentinas do Asfalto'”, conta o parlamentar.
A norma sancionada neste sábado altera a Lei 11.397/2022, que trata das datas comemorativas no Município, para instituir o Dia do Motociclista. Além de reconhecer a importância desses condutores e dos motos clubes para as manifestações sociais, culturais, turísticas e econômicas, a data busca incentivar a organização e a participação de motociclistas e entidades em eventos culturais, sociais e educativos. A data pretende, ainda, promover campanhas educativas para a prevenção de acidentes; realizar ações de combate ao uso de cerol; e fomentar a conscientização sobre a convivência harmoniosa entre condutores e pedestres.
A nova lei também institui, na mesma data, a Semana Municipal da Conscientização sobre o Respeito às Leis de Trânsito, à Pilotagem Segura e à Convivência Harmônica no Trânsito. A semana servirá para que o Executivo municipal, em parceria com entidades representativas e órgãos de trânsito, possa organizar eventos como passeios, palestras, oficinas e exposições para promover a segurança no trânsito e prevenir acidentes. A norma ainda orienta a realização de ações educativas, debates e campanhas de conscientização sobre cerol e os direitos e deveres dos motociclistas.
Ao propor a medida, Sargento Jalyson destacou que a lei busca homenagear os motociclistas e moto clubes, bem como reconhecer sua contribuição social, cultural, econômica e recreativa para a cidade.
“Além de promoverem a amizade e a solidariedade entre seus membros, movimentam a economia local, impulsionam o turismo e atraem visitantes para encontros e passeios e fortalece o desenvolvimento econômico e cultural da região”, destaca o parlamentar.
A Prefeitura de Belo Horizonte fez um levantamento de dados do Serviço Móvel de Urgência (Samu) que mostrou crescimento no número de acidentes envolvendo motociclistas na capital. Em 2024, a cidade registrou mais de 15,1 mil ocorrências envolvendo motocicletas, um aumento de 12,6% em comparação com o ano anterior, quando foram contabilizados cerca de 13,4 mil acidentes. Em fevereiro deste ano, em apenas 28 dias, foram registrados 1.405 chamados para o Samu envolvendo motocicletas.