Os candidatos ao Governo de Minas apresentaram neste sábado (10), em Belo Horizonte, propostas para a área da educação, durante reunião do Conselho Geral promovido pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG).
O evento reuniu cerca de 300 pessoas, entre lideranças políticas, professores e especialistas em educação. Cinco dos nove candidatos estiveram presentes no encontro, entre eles o candidato e ex-prefeito de BH, Alexandre Kalil (PSD). O atual governador e candidato à reeleição, Romeu Zema (Novo), foi convidado, mas não compareceu.
Ovacionado, Alexandre Kalil defendeu a não municipalização do ensino em Minas. Segundo ele, a medida acarretaria em desigualdade na qualidade de ensino no Estado.
“O Estado não pode passar a escola para o município. A municipalização vai aumentar a diferença na qualidade do ensino. Quando é estadualizada a escola do Norte e do Jequitinhonha, por exemplo, vai ter a mesma qualidade das de BH e do Sul. Se não fazem isso é por falta de vontade ou incompetência”, afirmou.
Alexandre Kalil apresenta propostas para educação em encontro com Sind-UTE/MG e educadores (Maurício Vieira / Hoje em Dia)
O ex-prefeito da capital mineira ainda alfinetou o atual Governo afirmando que as dívidas no Estado aumentaram nos últimos anos. “Nós sabemos que o Estado está quebrado. Pegou com R$ 100 bilhões de dívida e está entregando com R$ 150 (bilhões)”, disse.
A candidata do PSTU, Vanessa Portugal, afirmou que vai ampliar os recursos em Educação. “Para conseguirmos de fato recursos para garantir uma educação de qualidade que atenda necessidades individuais e coletivas dos estudantes é preciso ampliar os investimentos."
Vanessa disse que para conseguir dinheiro, é preciso olhar o setor de extração mineral. "Tem que enfrentar aqueles que ficam com nossa riqueza. Precisamos evitar que a mineração, que está na mão da iniciativa privada, leve nossas riquezas. Temos que inverter a rota da história”, afirmou
Lorene Figueiredo, candidata do Psol, defendeu o pagamento de salários dos servidores em dia e o piso nacional para os professores. (Maurício Vieira / Hoje em Dia)
Lorene Figueiredo (Psol), que é professora universitária e também está na corrida para a sucessão em Minas, defendeu o pagamento de salários dos servidores em dia e o piso. “Pagar o salário em dia não é mais que a obrigação. Nossos salários são pagos com fundo federal. Então, não tem motivo para não pagar o piso nacional”, pontuou.
Carta
Durante o encontro, os candidatos ao cargo de chefe do Executivo estadual receberam um documento intitulado "Carta da Educação Mineira". No texto, o sindicato da categoria nomeia as principais reivindicações da categoria.
Os educadores pedem o pagamento do piso nacional e defendem que o Estado não assuma o Regime de Recuperação Fiscal.
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