(Divulgação / CBMG)
Queima de fogos de artifício pode ter causado o incêndio criminoso que destruiu cerca de 250 hectares de área de preservação na Serra do Rola Moça, no limite entre Belo Horizonte, Nova Lima e Ibirité, na região metropolitana, em setembro. A informação foi divulgada pela Polícia Civil após operação "Sentinelas da Floresta", que resultou na prisão de um suspeito nesta terça-feira (18).
De acordo com o delegado Eduardo Vieira, foram cumpridos hoje três mandados de busca e apreensão em imóveis, localizados na região Oeste de Belo Horizonte, próximo ao bairro Alto Barroca, pertencentes a um homem considerado o principal suspeito de iniciar a queimada.
Conforme o delegado, as investigações começaram após os policiais encontraram um artefato de fogo de artifício no local onde houve a queimada, evidência que foi coletada e apontada como possível causa do incêndio criminoso.
(Valéria Marques / Hoje em Dia)
Durante as apurações foi identificado ainda que um carro teria entrado no Parque Estadual e se dirigido até o topo da serra pouco antes do início do fogo. Através de imagens de câmeras de segurança, os policiais identificaram que o suspeito teria iniciado uma queima de fogos.
"Nós conseguimos acesso às imagens que permitiram individualizar o veículo que esteve no topo do parque e o indivíduo que, em tese, estaria na condução do veículo e suspeito da investigação. As imagens mostram que ele chega e começa a explodir fogos de artifício. Em dado momento, um desses fogos se dirige em direção a mata e acontece o início do incêndio que causou um dano ambiental imenso", detalha.
Segundo a polícia, foi apurado que o suspeito é vendedor de produtos pela internet e tem o hábito de promover queima de fogos como marketing digital para divulgar os eletrônicos para venda.
O combate ao incêndio pelos bombeiros e brigadistas durou dois dias. Segundo a Polícia Civil, 250 hectares foram consumidos pelas chamas - área equivalente a 250 campos de futebol. Cerca de 100 pessoas atuaram na ocorrência, quatro aeronaves air track, dois helicópteros da Polícia Civil de Minas e caminhões pipas da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa).
Segundo o gerente de prevenção e combate à incêndio florestais do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Rodrigo Belo, cerca de R$ 600 mil reais foram gastos no combate as chamas. "Os incêndios são muito impactantes ambientalmente e também custam caro ao Estado. Além da fauna que tem impactos bastante significativos", explicou.
Suspeito preso
Durante a operação, foram arrecadados o celular do suspeito e aparelhos eletrônicos que vão auxiliar na maior elucidação dos fatos. Os policiais ainda encontraram grande quantidade de drogas, motivo pelo qual o homem foi preso em flagrante e encaminhado para a delegacia de plantão.
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