Garoto que teve perna amputada ganhará prótese de fisioterapeuta de BH

Anderson Rocha
26/07/2019 às 13:03.
Atualizado em 05/09/2021 às 19:43
 (ARQUIVO PESSOAL / DIVULGAÇÃO)

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Gabriel Lucas Alves, o garoto de 15 anos que foi atingido por uma linha chilena no último sábado (20) e precisou amputar a perna esquerda, ganhará uma prótese do fisioterapeuta Fabrício Daniel de Lima, de 42 anos - profissional que atende a modelo mineira Paola Antonini, que perdeu uma das pernas em um acidente na Raja Gabáglia, em 2014.

Foi por iniciativa da modelo, aliás, e de uma ligação de um outro amigo, o jogador Patrick, do Atlético, que Fabrício soube da história e se sensibilizou. "Estou a caminho do hospital. Eu vou apoiar ele", contou o especialista, que é diretor do Instituto de Prótese e Órtese (IPO Brasil). Divulgação/ IPO

Fabrício faz as próteses de Paola Antonini

O custo da prótese e do tratamento de reabilitação, estimado em R$ 80 mil, será arcado pelo profissional de saúde. A expectativa é que o menino esteja com a prótese em até 40 dias - prazo para que sejam retirados os pontos da cirurgia e feitos os procedimentos de pré-protetização. 

Ainda segundo o especialista, a prótese permitirá que Gabriel cumpra suas atividades funcionais com normalidade. 

O acidente 

O acidente com Gabriel Lucas aconteceu na tarde de sábado (20), quando Gabriel Lucas caminhava pela avenida José Inácio Filho, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O menino voltava do treino de futebol no clube São Cristóvão quando foi atingido pela linha chilena, usada para empinar pipa. 

Segundo o irmão dele, Amilton Júnior, de 18 anos, algumas pessoas que passavam pelo local contaram que uma pipa com a linha estava suspensa na rua quando um ônibus passou e ela ficou presa no escapamento. Ao se mover junto com o ônibus, a linha atingiu a perna do adolescente e deixou sérios ferimentos. 

Gabriel foi socorrido por um motoqueiro que passava pelo local e, depois, por uma enfermeira, que realizou os primeiros-socorros e acionou uma ambulância.

Linha mortal

A linha chilena é vinte vezes mais cortante que um bisturi. Ela é tão potente pois recebe camadas de óxido de alumínio. Assim como o cerol, a linha chilena foi proibida há 17 anos em Minas Gerais. Lei de julho de 2002 prevê multa de até R$ 1.500 para quem portar o material. Além disso, segundo a Polícia Civil, o Código Penal qualifica o uso como crime passível de prisão.

(Com Renata Evangelista)

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