De acordo com o estudo, Minas seria o 3º Estado com a maior arrecadação (Riva Moreira/Arquivo Hoje em Dia)
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) publicou um alerta, nesta terça-feira (10), com os riscos do uso dos chamados cigarros eletrônicos. De acordo com Inca, os aparelhos que funcionam com bateria e possuem diferentes formas e mecanismos contêm substâncias tóxicas, que podem causar dependência, doença pulmonar severa e levar à morte.
Os Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs) ainda possuem aditivos com sabores e nicotina e a ingestão acidental dos líquidos, especialmente por crianças, pode causar danos para a saúde, principalmente pele e olhos. Além disso, há relatos de acidentes por explosão das baterias com queimaduras, perda de partes do corpo e princípios de incêndio em residências.
O Inca alerta ainda que a chance de um jovem começar a fumar cigarros convencionais quadruplica com o uso desses dispositivos. Por isso reafirmou o apoio à manutenção da Resolução da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que proíbe a comercialização, a importação e a propaganda de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar.
Jovens são mais vulneráveis
Alardeado como uma solução para quem quer parar de fumar, o cigarro eletrônico é cada vez mais procurado em Belo Horizonte, principalmente por jovens, como mostrou o Hoje em Dia, em uma reportagem do dia 29 de agosto.https://www.hojeemdia.com.br/horizontes/fumante-ignora-riscos-do-cigarro-eletr%C3%B4nico-1.738594. O comércio dos “vapes”, como são conhecidos, é vetado desde 2009 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A restrição se deve à ausência de dados científicos sobre os produtos. Além da falta de informações, o risco de causar doenças respiratórias e cânceres preocupa especialistas.
O dispositivo é encontrado sob diferentes formas: tipo caneta, parecido com uma garrafinha e até do tamanho de um cigarro convencional, mas achatado. O preço varia de R$ 180 a R$ 600. O usuário ainda precisa comprar as essências ou cartuchos vaporizáveis, que podem ter ou não nicotina. Há opções com sabores, como baunilha, chicletes e “cigarro branco”.
Com Malú Damázio
* Fonte: Inca