(Reprodução Facebook Diocese de Formosa)
O juiz Fernando Samuel decretou a prisão preventiva do sarcedote mineiro, dom José Ronaldo, ex-bispo da diocese de Formosa (GO) e de outros seis religiosos - sendo quatro padres, o vigário-geral e um monsenhor, todos alvos da Operação Caifás. Eles são investigados por desvio de R$ 2 milhões de dízimos e doações de fiéis dos municípios de Formosa, Posse e Planaltina, todas em Goiás. O pedido é do Ministério Público de Goiás e a informação foi divulgada pela Promotoria nesta sexta-feira (23).
Além de José Ronaldo, já estavam presos, desde segunda-feira (19), Epitácio Cardozo, Mário Vieira, Moacyr Santana, Tiago Wenceslau, Waldson José, Antônio Rubens e Pedro Henrique. Agora eles vão ficam detidos por tempo indeterminado.
O magistrado justificou a decisão como forma de garantia da ordem pública e para conveniência da instrução.
A operação, coordenada pelos promotores de Justiça Fernanda Balbinot e Douglas Chegury, contou com a atuação de mais dez promotores de Justiça e o apoio do Centro de Inteligência (CI) do MP-GO, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Entorno do Distrito Federal, do Gabinete de Segurança Institucional (GSI-MP), além da Polícia Civil e da Polícia Militar.
Os promotores de Justiça Fernanda Balbinot, Paula Moraes de Matos, Julimar da Silva e Douglas Chegury ofereceram denúncia contra o monsenhor Epitácio Cardozo Pereira, o contador Darcivan da Conceição Serracena, o bispo José Ronaldo Ribeiro, o secretário da Cúria Guilherme Frederico Magalhães e o juiz eclesiástico Tiago Wenceslau de Barros Barbosa Júnior.
Foram denunciados também os padres Moacir Santana, Mário Vieira de Brito e Waldson José de Melo e os empresários Antônio Rubens
Ferreira e Pedro Henrique Costa Augusto e o advogado Edimundo da Silva Borges Júnior. À exceção dos empresários Antônio Rubens e
Pedro Henrique, todos os demais responderão pelo crime de associação criminosa.
Epitácio Cardozo, Waldson José e Guilherme Frederico foram denunciados também por apropriação indébita, enquanto José Ronaldo e Mário Vieira por apropriação indébita e falsidade ideológica.
Darcivan, Edimilson e Tiago foram denunciados por falsidade ideológica e, por sua vez, Moacyr Santana responderá por apropriação indébita e lavagem de dinheiro. Por fim, os empresários Antônio Rubens e Pedro Henrique foram denunciados pelo crime de lavagem de dinheiro.
* Com Agência Estado
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