A perícia realizada nesta segunda-feira (25) em Adélio Bispo de Oliveira, autor da facada em Jair Bolsonaro, então candidato à presidência em 2018, ficará pronta em até 30 dias, informou a Justiça Federal.
O laudo irá determinar se Adélio possui "transtorno delirante persistente" e oferece risco à sociedade ou se poderá ser solto. O exame foi realizado no presídio federal de Campo Grande (MS), onde ele está preso.
Segundo a Defensoria Pública da União (DPU), a defesa de Adélio indicou uma psiquiatra como assistente técnica para acompanhar os exames.
O pedido de perícia partiu da 5ª Vara Federal de Campo Grande. Por ser considerado inimputável (impedido de ser condenado por causa de sua situação clínica), ele tem que passar por uma avaliação a cada três anos. Esse prazo venceu em junho.
O processo criminal já está finalizado. O Ministério Público Federal e o presidente Jair Bolsonaro não recorreram da decisão que considerou Adélio Bispo como inimputável.
Facada
Por volta das 15h40 de 6 de setembro de 2018, Bolsonaro, então candidato a presidente, levou uma facada no abdômen, durante um ato de campanha em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. Ele foi levado para o hospital e recebeu os primeiros atendimentos.
O autor da facada foi preso logo após o ato e levado para a delegacia. No boletim de ocorrência registrado pela Polícia Militar, no ato de prisão de Adélio Bispo, o crime foi descrito da seguinte forma: "Este nos informou que saiu de casa com uma faca de uso pessoal afim (sic) de acompanhar a comitiva, e no melhor momento pudesse tentar contra a vida do candidato, assim tendo feito no momento em que a comitiva passava pela rua Batista, por achar ser o mais oportuno".
Ainda segundo o documento da PM, Adélio teria dito que "o motivo do intento se deu por motivos pessoais, os quais não iríamos entender, dizendo também em certos momentos que foi a mando de Deus".
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