(Cynthia S. Goldsmith / Centers for Disease Control and Prevention / Divulgação)
Minas Gerais tem 130 casos de Monkeypox, também conhecida como varíola dos macacos, sendo investigados. Conforme o boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde, nesta sexta-feira (29), o número de confirmações da doença se manteve estável desde o último informe, quando 44 contaminações foram registradas.
Outros 82 já foram descartados e dois casos foram classificados como provável. Ainda hoje, o Ministério da Saúde confirmou o primeiro óbito em decorrência da doença. O paciente, de 41 anos, estava internado no Hospital Eduardo de Menezes, em Belo Horizonte, e tratava um câncer (linfoma).
De acordo com a SES-MG, até o momento, todos os pacientes que testaram positivo para a doença são do sexo masculino, com idades entre 22 e 48 anos e estão em boas condições clínicas. Além disso, em todas as situações, os contactantes estão sendo monitorados.
Confira quais cidades possuem casos confirmados da doença:
Causa
A monkeypox é causada por um vírus do subgrupo orthopoxvírus, assim como a cowpox e a varíola humana, erradicada em 1980 com o auxílio da vacinação. O quadro endêmico no continente africano se deve a duas cepas distintas.
Uma delas, considerada mais perigosa por ter uma taxa de letalidade de até 10%, está presente na região da Bacia do Congo. A outra, com uma taxa de letalidade de 1% a 3%, encontra-se na África Ocidental e é a que deu origem ao surto atual.
Transmissão
A varíola dos macacos é transmitida de uma pessoa para outra por contato próximo com lesões, fluidos corporais, gotículas respiratórias e materiais contaminados, como roupas de cama.
O tempo de incubação do vírus varia de cinco a 21 dias. O sintoma mais característico é a formação de erupções e nódulos dolorosos na pele. Também pode ocorrer febre, calafrios, dores de cabeça, dores musculares e fraqueza.
Tratamento
O tratamento se baseia em suporte clínico e medicação para alívio da dor e da febre. Um antiviral chamado tecovirimat, que bloqueia a disseminação do vírus, já é usado em alguns países, mas ainda não está disponível no Brasil.
A vigilância para a rápida identificação de novos casos e o isolamento dos infectados são fundamentais para se evitar a disseminação da doença. Pode ser necessário o período de até 40 dias para a retomada das atividades sociais. Mesmo que o paciente se sinta melhor, deve se manter em isolamento enquanto ainda tiver erupções na pele.