(Reprodução / Redes Sociais)
O homem que fez a denúncia e motivou a abordagem policial que resultou na morte de um jovem de 29 anos, no último sábado (16), foi expulso da Vila Barraginha, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A família do rapaz morto pela PM afirma que não teve relação com a saída dessa pessoa, e sim que ele teria ido embora por medo da comunidade, revoltada com a situação.
Outros moradores informaram que ele teve o carro depredado e precisou sair do local às pressas com toda família. A Polícia Civil informou que, até o momento, não há ocorrência relacionada ao fato. A reportagem também procurou a Polícia Militar e aguarda retorno.
Na segunda-feira (18), o policial militar suspeito de matar o jovem recebeu um alvará de soltura concedido pela Justiça Militar de Minas Gerais. A instituição afirmou que o sargento Rodrigo Figueiredo Gomes, “preencheu os requisitos para concessão da liberdade provisória”. “Trata-se de militar primário, com bons antecedentes e excelente extrato de registros funcionais”, informou.
Acionamento da PM
De acordo com a major Layla Brunnela, porta-voz da corporação, a pessoa que fez a denúncia alertou aos militares sobre a periculosidade do suspeito. Os policiais tentaram retirar o homem da aglomeração e o levar para uma viatura.
Nesse momento, em que é levado para a parte de trás de uma Kombi, o jovem "faz um movimento com a mão, em direção ao rosto e à arma do policial", e o militar faz o disparo.
A família da vítima e demais moradores contradizem o relato da PM. A irmã do jovem afirmou que ele não estava armado e que foi “executado” pelo sargento. “Meu irmão estava de costas e foi arrastado para de trás da Kombi. E o homem que matou ele já está solto”, disse a jovem que pediu para não ser identificada.
A Ordem dos Advogados do Brasil, sessão Minas Gerais (OAB-MG) informou recebeu denúncias de moradores da comunidade e que, por isso, solicitou que o caso fosse apurado pelo Ministério Público.