(Divulgação/PMMG)
Quadrilha fortemente armada e especializada em assaltos a bancos no interior. “Novo cangaço” é o termo usado para se referir às ações de grupos criminosos que vêm agindo no Brasil, de forma violenta e agressiva, como a quadrillha que foi desmantelada antes de atacar nesse domingo (31) em Varginha, no Sul do estado, resultando na morte de 26 pessoas.
A expressão é antiga e remonta ao cangaço, uma onda de crimes e violência ocorrida em quase todo o sertão nordestino do país entre o século XVIII e meados do século XX.
As ações desse tipo de quadrilha, geralmente composta por 30 a 40 criminosos, são sempre marcadas por extrema violência, de preferência durante a madrugada, no interior, e com armamentos pesados para impedir a reação da polícia próxima ao local da ação.
Em Minas Gerais, o último crime desse tipo ocorreu em 2019, quando um grupo formado por 25 bandidos fortemente armados atacaram um banco em Uberaba, no Triângulo, deixando vários feridos e um morto.
No Brasil, no fim de agosto deste ano, ao menos 20 criminosos fortemente armados invadiram a cidade de Araçatuba, no interior de São Paulo, promovendo explosões e quebra-quebra em agências bancárias. A ocorrência terminou com três mortos, sendo dois moradores e um suspeito de participar do crime.
Varginha
Em Varginha, a ação das polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal surpreendeu os bandidos antes que realizassem qualquer ataque. Segundo a PM, essa foi a maior operação realizada contra o Novo Cangaço na história brasileira. Isso porque o arsenal de armas usadas pelos criminosos era gigantesco e a maioria de uso exclusivo das forças armadas. Uma delas, inclusive, era uma metralhadora .50, usada para combater tanques de guerra e derrubar aeronaves.