A partir de 2025

PM voltará a fazer segurança nos estádios em jogos importantes, anuncia governador em exercício

Presença será avaliada conforme a necessidade de cada evento; medida foi tomada após episódios de domingo na Arena MRV

Pedro Melo
pmelo@hojeemdia.com.br
14/11/2024 às 16:32.
Atualizado em 14/11/2024 às 19:19

A Polícia Militar voltará a atuar dentro dos estádios de futebol em Minas. A medida foi anunciada pelo Governo do Estado, uma semana após as cenas de selvageria na Arena MRV, na final da Copa do Brasil entre Atlético e Flamengo. A segurança da PM nas arenas estava suspensa desde 2011, quando era feita após o pagamento de uma taxa. Na época, a cobrança foi considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Desde então, a responsabilidade pela segurança interna  era feita por entes privados, contratados pelos organizadores do evento. Em casos urgentes, militares do Batalhão de Choque eram acionados para dar suporte.

O retorno dos militares irá ocorrer em “jogos importantes”, a partir de 2025, conforme informou nesta quinta-feira (14) o vice-governador, Mateus Simões (Novo). “Vamos desenvolver uma matriz de risco para que nos jogos de alto risco a polícia esteja presente e responsável pela segurança”.

A expectativa é que partidas com grande presença de pessoas e rivalidade entre torcidas contem com o reforço na segurança. Em jogos de menor expressão, a gestão da segurança continuará privada. 

Vice-governador Mateus Simões anunciou retorno da PM aos estádios (Pedro Melo / Hoje em Dia)

Vice-governador Mateus Simões anunciou retorno da PM aos estádios (Pedro Melo / Hoje em Dia)

O vice-governador também não descarta o uso da cavalaria e de cachorros. “E eu não admito mimimi de que não pode utilizar cão contra torcedores. O que não pode é torcedor arremessar bomba e quase matar um fotógrafo”, disse Mateus Simões, ao citar um dos ataques ocorridos na final da Copa do Brasil, no estádio do Atlético.

O planejamento das ações ainda está sendo montado, mas Simões adiantou que a entrada dos militares nas arenas não exime os clubes das medidas de segurança. “Vamos negociar e ver a melhor alternativa. Caso não cheguemos a um consenso, judiciaremos a situação e não iremos permitir a presença das torcidas no estádio”.

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