A Polícia Civil de Minas Gerais apresentou nesta segunda-feira (10) o balanço da operação que resultou na prisão de oito pessoas suspeitas de aplicar golpes em vários estados do país. Entre os golpes estão a fraude na venda de veículos e o falso empréstimo. A estimativa é que cerca de 100 pessoas tenham sido lesadas. O dinheiro retirado das vítimas pode chegar a R$ 2 milhões. “Eles confessaram a participação nos golpes, mas não deram detalhes. Disseram que estavam desempregados e por isso se envolveram no crime. Essa era uma quadrilha extremamente organizada e que agia em diversos estados do país, como, Brasília, Tocantins, Paraná, Rio Grande do Sul, entre outros”, afirmou o delegado Daniel Buchmüller, responsável pelas investigações.
A ação batizada de Simulation foi realizada na última quarta-feira (5) e cumpriu ainda duas conduções coercitivas e 13 mandados de busca e apreensão. “As apurações começaram há cerca de cinco meses quando uma das vítimas nos procurou para relatar que tinha caído em um golpe. Eles cometiam dois tipos de golpe. O primeiro era a falta de falsos veículos. Eles anunciavam o veículo em um site de vendas, o interessado entrava em contato com o vendedor e ele contava uma história de que já tinha pagado 48 prestações e que ainda faltavam 12, mas que o banco tinha recolhido o carro e que teria feito um acordo para pagar um valor bem abaixo do que ele devia, mas que esse pagamento deveria ser feito em um prazo curto, justamente para não dar tempo de a pessoa conseguir descobrir o golpe. O vendedor passava o telefone de uma empresa e o atendente confirmava a veracidade das informações e emitia um boleto no valor para que a pessoa efetuasse o pagamento. O dinheiro caia na conta de um laranja e depois ele dividia o dinheiro”, destacou o superintendente de Investigação e Polícia Judiciária, Márcio Lobato. “Eles chegavam a vender o mesmo carro, cinco vezes em uma mesma semana”, completou.
A segunda modalidade de golpe era o falso empréstimo. A quadrilha oferecia na internet e jornais empréstimos para pessoas com o nome negativado, sendo que para se concretizar, a vítima teria que depositar a quantia de 10% do valor do empréstimo para os criminosos a título de seguro. E como de costume, após o depósito desse seguro, os criminosos não mais atendiam o telefone.
As investigações continuam.
Fonte: Polícia Civil
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