Preso suspeito de assediar e matar estudante após vestibular em Sorocaba (SP)

Estadão Conteúdo
31/05/2019 às 12:54.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:54
 (Polícia Civil/Divulgação / Estadão)

(Polícia Civil/Divulgação / Estadão)

A polícia prendeu na noite desta quinta-feira (30), em São Paulo, um homem acusado de assediar e matar a estudante Rafaela de Campos, de 19 anos, depois que ela prestou vestibular, no último domingo (26), em Sorocaba.

O suspeito, Paulo César Manoel, de 40 anos, cumpre pena por furto, roubo e estupro, e estava em saída temporária da prisão pelo Dia das Mães quando teria cometido o crime. Ele foi abordado por policiais militares, na Vila Maria, zona norte da capital, e detido, após a constatação de que era foragido. Manoel foi levado para o 19º Distrito Policial e deve ser transferido para Sorocaba nesta sexta-feira, 31.

Rafaela desapareceu depois de fazer o vestibular numa faculdade, no centro de Sorocaba. O corpo foi achado um dia depois, no rio que corta a cidade. De acordo com a Polícia Civil de Sorocaba, imagens de câmeras de monitoramento mostraram a jovem sendo abordada pelo suspeito quando ela esperava o ônibus para Votorantim, onde morava, numa rua à margem do rio.

Numa das imagens, o suspeito segura a jovem pelo braço e os dois caminham em direção ao rio. Cerca de 15 minutos depois, outra câmera flagrou o homem voltando sozinho. A polícia acredita que, nesse espaço de tempo, ele tentou estuprar Rafaela e acabou matando a jovem que, provavelmente, tentou se defender. Segundo o laudo do Instituto Médico Legal (IML), a estudante estava viva quando foi jogada no rio e morreu afogada.

Manoel é de São Paulo e já havia cumprido dez anos da pena na Penitenciária Dr. Antonio Souza Netto, de Sorocaba, quando conseguiu progredir para o regime semiaberto. Nessa condição, ele foi beneficiado com a saidinha do Dia das Mães, no dia 24 deste mês, e devia ter voltado no dia 27, mas não retornou.

O suspeito estava hospedado em uma pensão, próxima da rodoviária de Sorocaba. Na manhã seguinte ao crime, o detento quebrou a tornozeleira eletrônica e deixou o equipamento sobre a cama.

A polícia distribuiu fotos e montou um cerco na tentativa de deter o suspeito, mas ele foi abordado em patrulha de rotina da Polícia Militar da capital. O detento já esteve em várias unidades do sistema penitenciário paulista, passando pela Cadeia de Pinheiros, em São Paulo, Centro de Detenção Provisória de Osasco e penitenciárias de Iaras, Serra Azul e Presidente Venceslau, antes de ser transferido para Sorocaba. O corpo de Rafaela foi sepultado na quarta-feira, 29, no Cemitério São João Batista, em Votorantim.

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