(Reprodução WhatsApp)
A empresa responsável pelo vazamento de produtos químicos no córrego São João, um dos afluente do Jequitinhonha, vai ter que reparar os danos ambinetais causados na região.
No dia 5 de janeiro, uma carreta tombou na pista, derramando grande parte da carga de 3.500 litros, que tinha lubricantes, surfactantes - BASF, álcool etílico, solventes derivados de petróleo, querosene e tintas inflamáveis. A mistura atingiu o leito do rio, causou mortandade de peixes e a população das cidades de Ponto dos Volantes e Itaobim tiveram o abstecimento de água suspenso.
No dia do acidente, um técnico do Núcleo de Emergência Ambiental (NEA) da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad) esteve no local e, por meio da análise das notas fiscais dos produtos, constatou a presença das substâncias. Na ocasião, fotos de uma espuma densa no leito do córrego foram divulgadas nas redes sociais.
Ainda conforme a Semad, as primeiras análises de água não acusaram contaminação, mas uma análise mais completa da água será necessária antes da liberação da captação de água. Por isso, a empresa especializada contratada pela transportadora, a WGRA, foi orientada pelo técnico do NEA e pela Policia Militar de Meio Ambiente (PMMG) a realizar os seguintes procedimentos: contenção do vazamento com recolhimento das embalagens, solo e vegetação contaminados; destinação adequada dos resíduos recolhidos; reposição de solo e revegetação; hidrojateamento da pista, recolhimento e destinação adequada dos efluentes; coletas e amostragens de água no corpo d'água afetado (pH, óleos e graxas, DQO, DBO, sólidos suspensos, tenso-ativas); e monitoramento do estado de saúde da população ribeirinha.
Já a Copasa Serviços de Saneamento Integrado do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Copanor) informou que o abastecimento na cidade de Ponto dos Volantes e nas localidades de Fogueteiros, Fonte Nova, Flor de Minas, São João e São José, que pertencem ao município de Itaobim, está normalizado desde a noite dessa terça-feira (9) e que a captação de água só foi liberada após monitoramento diário e constatação de que a água não estava contaminada. "As análises efetuadas no córrego São João não apontaram nenhuma contaminação que não pudesse ser removida pelo tratamento convencional. Os sistemas de abastecimento de água estão funcionando normalmente sem a necessidade de caminhões pipas", informou em nota.
A reportagem do Hoje em Dia entrou em contato com a empresa WGRA e aguarda retorno.