Secretaria de Saúde divulgou dados sobre a situação da infestação por Aedes aegypti
(Maurício Vieira)
O risco de dengue, chikungunya e zika é ainda maior em pelo menos 671 municípios de Minas, ou quase 80% do Estado. São 366 cidades em situação de alerta e 305 em perigo "elevado" para a transmissão das doenças. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (29) pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).
A pasta estadual divulgou o primeiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LirAa/LIA) de 2024. Os dados foram coletados em janeiro, ou seja, antes do decreto de emergência por conta do mosquito. A pesquisa é uma ferramenta importante para direcionar as ações de controle das enfermidades.
Ao todo, 808 prefeituras participaram. Apenas 137 municípios apresentaram um Índice de Infestação Predial pelo Aedes (IIP) igual ou menor que 0,9, sendo classificados como satisfatórios, com baixo risco de transmissão.
Segundo o subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Prosdoscimi, a maior parte dos focos do mosquito estão dentro de residências, em recipientes como vasos de plantas e pratinhos, além de áreas externas onde itens acumulados podem gerar água parada.
“Chamamos mais uma vez a atenção para a necessidade de cada mineiro fazer o seu papel em favor da saúde coletiva e individual. Precisamos eliminar os focos de água parada dentro das residências, calhas e pratinhos, deixar de acumular itens como pneus e monitorar bem as nossas piscinas e caixas d'água, para eliminarmos os focos dos mosquitos causadores de dengue, zika e chikungunya”, alerta.
Prosdoscimi enfatiza que o monitoramento e controle do vetor devem ser realizados de forma contínua, com ações preventivas intensificadas durante o período sazonal das arboviroses, quando as condições climáticas favorecem a reprodução do mosquito.
Alerta
Embora a Vigilância em Saúde estadual não considere apenas o levantamento da infestação por Aedes aegypti para avaliar a situação epidemiológica quanto à dengue, chikungunya e zika, os dados obtidos por meio do LirAa/LIA podem ser considerados como um indicativo de alerta para os locais com possibilidade mais acentuada de registrar um maior número de casos dessas arboviroses.
Em janeiro de 2024, permaneceu mais frequente (34,9%) a infestação dos depósitos móveis (vasos, frascos e pratinhos de plantas, bebedouros, recipientes de degelo das geladeiras etc.), semelhante aos quatro levantamentos realizados em 2023.
Lixo, sucata e entulho ocuparam a segunda colocação entre os recipientes mais infestados em janeiro de 2024 (25%), assim como visto nos levantamentos feitos em janeiro, maio e outubro de 2023.
Os depósitos utilizados no armazenamento de água para consumo humano ao nível do solo (tonel, tambor, barril, filtro etc.) apareceram em terceiro lugar (17,5%) entre os mais infestados, assim como foi observado em 2023. Pneus e outros materiais rodantes ocuparam a quarta posição (10%), seguidos dos depósitos fixos (tanques em obras, borracharia ou horta, calhas, lajes, sanitários, piscinas, ralos etc.) com 9%.
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