(Corpo de Bombeiros/Divulgação)
Os parques da Serra do Cipó, do Ibitipoca e a Gruta Rei do Mato são algumas das unidades de conservação que estão pegando fogo nesta terça-feira (29), informou o Corpo de Bombeiros. Somente na Região Metropolitana da capital, a corporação atende a pelo menos 29 ocorrências de incêndios em vegetações.
Uma dessas chamadas é na Unidade de Conservação Monumental Natural Gruta Rei do Mato, em Sete Lagoas. O fogo na área verde teve início na manhã de segunda-feira (28) e já devastou mais de 100 hectares. Os trabalhos para combater as chamas foram reiniciados nas primeiras horas desta terça.
Fora da Grande BH, o fogo também consome uma área do Parque Nacional da Serra do Cipó, em Santana do Riacho, na região Central de Minas, também desde a manhã de ontem. A extensão queimada ainda não foi contabilizada e, conforme os bombeiros, há vários focos na unidade de conservação. Além dos militares, brigadistas também estão empenhados no controle das chamas.
Em Lima Duarte, da Zona da Mata, os combatentes continuam trabalhando para apagar o incêndio de grandes proporções que atingiu o Parque Estadual de Conceição do Ibitipoca. Por causa da ocorrência, o parque que seria reaberto para visitação na quarta-feira (30), permanecerá fechado. Após o controle das chamas, uma nova data será agendada.
“Infelizmente não vamos poder abrir essa importante unidade de conservação nesta quarta-feira, como foi programado, mas o adiamento foi por um motivo de força maior que está nos exigindo empenhar esforços nesse momento crítico. Tão logo superado esse problema, já nos próximos dias, vamos anunciar a nova data de reabertura do Ibitipoca”, afirmou o diretor-geral do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Antônio Malard.
Estatística
Historicamente, setembro é o mês que mais registra incêndios florestais no Brasil. Uma das explicações é o tempo seco. Diversos estados, incluindo Minas, registram, entre agosto e outubro, o período de estiagem com as menores taxas de umidade relativa do ar.
Em BH, na última segunda-feira, o índice ficou abaixo dos 15%, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Para se ter noção da secura, a umidade relativa do ar recomendável pela Organização Mundial de Saúde (OMS) é de 60%.
Mas, apesar das condições naturais serem favoráveis à ocorrência e propagação de queimadas, na maioria das ocorrências, o fogo é provocado pela ação humana.