Mulher foi encontrada com diversas lesões no rosto, principalmente na região dos olhos
“Ela iria trabalhar com hematomas e lesões, mas sempre forjava algumas desculpas por medo dele”, contou a delegada Iara França (Valéria Marques / Hoje em Dia)
Está preso o homem de 33 anos suspeito de matar a namorada, de 43, por asfixia no bairro Céu Azul, na região de Venda Nova, em Belo Horizonte. O crime ocorreu em janeiro deste ano, mas ele só foi localizado este mês. A Polícia Civil realizou uma coletiva nesta segunda-feira (30) para detalhar a prisão e, também, o ocorrido.
A mulher foi encontrada com diversas lesões no rosto, principalmente na região dos olhos. Segundo as investigações, o casal mantinha um "relacionamento tóxico", com diversas brigas e agressões físicas, mas tudo ocultado pela vítima por medo de contar aos familiares.
“Ela iria trabalhar com hematomas e lesões, mas sempre forjava algumas desculpas por medo dele”, contou a delegada Iara França, do Departamento Estadual de investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil.
A polícia detectou que uma dessas brigas em um bar o homem aproveitou a oportunidade e matou a companheira.
“Eles tiveram as discussões no estabelecimento. Em casa eles continuaram o desentendimento e a todo momento ele se impôs gritando que era homem, gritos que foram ouvidos até na rua. Momento depois ela já estava morta”, completou a delegada.
A polícia afirma que ela foi morta assassinada com agressões na face, especialmente na região dos olhos, além de ter sido asfixiada com o travesseiro. “Em razão dos familiares estarem viajando, o corpo dela só foi encontrado na cama dela com o travesseiro sobre a face no dia 23 de janeiro, já com avançado estado de putrefação”, afirma Iara.
Inicialmente o companheiro dela foi ouvido como testemunha e estava solto desde então, Porém com o avançar das investigações ele foi identificado como o autor, sendo preso oito meses depois. “Vimos que o depoimento dele era completamente falho, contraditório. Em razão disso, foi pedida a prisão preventiva dele”.
A delegada ainda afirma que nesses casos é importante que a mulher não se cale.
“Essa mulher, infelizmente, não havia registrado ocorrência sobre essas agressões que ela já vinha sofrendo. Por isso é importante se manifestar para a polícia e familiares”.