Dinheiro de clientes

Suspeitos de causar R$ 107 milhões de prejuízo com ataques hackers a banco são presos em Minas

Dupla faz parte de quadrilha que está sendo investigada pela Polícia Civil e que tem integrantes em vários estados

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 08/07/2025 às 17:41.
Durante a operação, realizada pela Polícia Civil na última quinta-feira (3), foram apreendidos R$ 1.564 em espécie, dois celulares e um veículo utilizado pelos investigados (PCMG / divulgação)

Durante a operação, realizada pela Polícia Civil na última quinta-feira (3), foram apreendidos R$ 1.564 em espécie, dois celulares e um veículo utilizado pelos investigados (PCMG / divulgação)

Dois homens, de 24 e 28 anos, foram presos em Minas suspeitos de integrar um grupo criminoso investigado pelo ataque cibernético a um banco. O crime teria contado com o auxílio de um funcionário da instituição financeira, causando um prejuízo de aproximadamente R$ 107 milhões.

Durante a operação, realizada pela Polícia Civil na última quinta-feira (3/7), foram apreendidos R$ 1.564 em espécie, dois celulares e um veículo utilizado pelos investigados. Também foram bloqueados cerca de R$ 2 milhões em contas bancárias.

Os valores apreendidos permanecerão à disposição da Justiça para garantir o ressarcimento à instituição financeira vítima. Até o momento, cerca de R$ 63 milhões dos valores desviados já foram recuperados.

Os dois suspeitos detidos foram encaminhados ao sistema prisional, sendo representada pela conversão das prisões em preventivas.

Ataque cibernético

Nos dias 30 de junho e 1º de julho deste ano, o grupo criminoso investigado, com a colaboração de um funcionário do banco, teria realizado um ataque cibernético que resultou no desvio milionário das contas de clientes da instituição financeira, sediada no estado do Pará. Conforme apurado, parte do dinheiro foi transferida para contas empresariais em Belo Horizonte.

Por meio de investigações, a Polícia Civil identificou que os suspeitos estariam falsificando documentos públicos para tentar dar aparência lícita aos depósitos. Assim, após monitoramento das equipes do setor de inteligência do Departamento Estadual de Combate à Corrupção e a Fraudes (Deccof) e do Laboratório de Inteligência Cibernética (Ciberlab), os dois homens foram identificados e abordados pelos policiais quando saíam de uma agência bancária no bairro Boa Viagem, em Belo Horizonte.

Crimes investigados

Os suspeitos são investigados por crimes de lavagem de dinheiro, furto mediante fraude cibernética, falsificação de documento público, uso de documento falso e organização criminosa, previstos no Código Penal, na Lei nº 12.850/13 e na Lei nº 9.613/98. As penas combinadas para esses delitos podem ultrapassar dez anos de reclusão, além de multa.

As investigações prosseguem para identificar outros integrantes do esquema, incluindo o funcionário do banco e possíveis cúmplices em outras instituições.

O inquérito é coordenado pela 3ª Delegacia Especializada em Investigação de Fraudes, unidade da Divisão Especializada de Combate à Corrupção, Investigação a Fraudes e Crimes Contra a Ordem Tributária, vinculada ao Deccof.

As prisões realizadas na última semana contaram com o apoio do Ciberlab e da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco/MG).

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