VÍDEO: protagonismo feminino marca produção de Queijo Minas Artesanal no Triângulo
Em Uberlândia, maioria das queijarias são comandadas por mulheres
UBERLÂNDIA E ARAGUARI - Com mais de mil produtores rurais do Queijo Minas Artesanal (QMA), o Triângulo Mineiro também se destaca na participação feminina nas fazendas. Várias queijarias das dez cidades que compõem a rota do QMA da região são comandadas por mulheres.
Em Uberlândia, o protagonismo feminino é ainda maior. Segundo a coordenadora de inspeção de agroindústria da Prefeitura de Uberlândia, Adélia Rodrigues Guimarães, as mulheres são responsáveis pela produção, gestão e comercialização de queijos em praticamente todas as fazendas.
Caso de Inêz Gomes, da Queijaria Gomes, na Fazenda Rio das Pedras. Além de participar da produção, gerencia o turismo na propriedade. Segundo ela, o trabalho é uma tradição familiar. “Minha avó paterna fez queijo até ficar velhinha. Ela utilizava aquelas biquinhas de madeira na casinha dela. Depois, mamãe produziu o queijo por um tempo. E quando foi em 2012 nós começamos”, contou.
Desde 2017, o Queijo Minas Artesanal produzido na Queijaria Gomes já recebeu seis premiações. Neste ano, inclusive, foi destaque em dois campeonatos mundiais, realizados em São Paulo e Blumenau.
Walkiria Naves, da Queijaria Ouro das Gerais, recebe visitantes (Michael Martins)
Mesma tradição familiar ocorre na Queijaria Ouro das Gerais, na Fazenda Aprazível, também em Uberlândia. Lá, os trabalhos são comandados por Walkiria Naves. Ela celebra todo aprendizado herdado pelos pais.
Vizinha de Uberlândia, Araguari também tem protagonismo feminino na produção do QMA. A queijaria Oliveira, a mais conhecida do município, instalada na Fazenda Retiro Velho, é chefiada por Sandra Lucia.
Sandra Lucia, da queijaria Oliveira, uma das mais conhecidas de Araguari (Michael Martins)
Ela é reconhecida na região pela qualidade do queijo que produz. O QMA da fazenda é o único do Triângulo premiado com medalha de ouro no concurso Internacional ExpoQueijo, realizado todos os anos em Araxá.
“Foi emocionante (receber o prêmio). Não acreditei. Até falei com a Patrícia (Patrícia Freitas, extensionista de bem-estar social da Emater-MG) 'será que não trocaram de queijo?' Foi muito bom! Abriu as portas, aumentou nossa clientela".
* Viajou a convite do Governo de Minas
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