(Marcelo Sant’Anna/Imprensa MG)
A desconfiança do pai sobre a história contada por parentes com detalhes das circunstâncias da morte da filha de 5 anos, despertou a atenção da polícia em Frutal, no Triângulo Mineiro. As investigações concluíram que a menina foi queimada viva com álcool durante um ritual religioso.
Segundo a polícia, Maria Fernanda de Camargo morreu no dia 24 de março, supostamente durante uma cerimônia para afastar espíritos malignos. A mãe da criança, assim como tios, avós maternos e um guia espiritual participaram do ritual.
Os parentes contaram que a criança se queimou ao acender uma churrasqueira na casa dos avós maternos. Mas, durante as investigações, o caso tomou outro rumo.
Quatro familiares e um líder espiritual estão presos acusados de jogar álcool no corpo da menina e atear fogo com uma vela.
O grupo pode ser indiciado por homicídio doloso com dolo eventual. A pena pode chegar a 30 anos de prisão. O dolo eventual é quando a pessoa sabe que as atitudes podem resultar na morte de alguém. Mas, mesmo assim, assume os riscos. Já o homicídio doloso é quando há a intenção de matar.
A polícia ainda vai definir a data para fazer a reconstituição do crime. O objetivo é definir a participação de cada um dos parentes e do líder espiritual no assassinato da menina.
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