(Reprodução / Redes Sociais)
O pai e a madrasta do menino Ian Rocha de Almeida, que morreu em janeiro deste ano em decorrência de um traumatismo craniano, são ouvidos pela Justiça na tarde dessa terça-feira (9). Eles foram indiciados pela Polícia Civil, em março, por homicídio duplamente qualificado. Testemunhas também serão ouvidas.
Essa é a primeira vez em que o casal é ser ouvido sobre o caso. A atual fase do processo indica que eles vão ser julgados em um júri popular.
Relembre o caso
Ian morreu em 8 de janeiro deste ano, no Hospital Risoleta Neves, em BH. A madrasta e o pai da criança foram indiciados por homicídio doloso duplamente qualificado, por recurso que impossibilitou a defesa da vítima e por violência. O casal foi denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
Segundo as investigações da PC, exames médicos apontam que a madrasta golpeou o menino por trás, com um objeto contundente, não identificado. Ao acertar a nuca da criança, ocorreu uma lesão muito extensa, desde a base da coluna cervical até o meio da cabeça.
A Polícia descobriu ainda que o pai de Ian não estava no imóvel no momento das agressões, mas foi indiciado pela prática dos mesmos crimes. De acordo com as apurações, ao chegar em casa, em 8 de janeiro, Márcio encontrou Ian inconsciente e vomitando no sofá. Ainda assim, ele demorou cerca de três horas para socorrer o filho, que chegou ao hospital Risoleta Neves em estado de coma. Ian teve duas paradas cardiorrespiratórias e morreu dois dias após a internação.
Ian era vítima frequente de agressões e que a família vivia em uma situação corriqueira de maus-tratos. O casal também costumava inventar histórias para a mãe de Ian para disfarçar as agressões recorrentes.