Deputados do Psol pediram ao Superior Tribunal Federal (STF) que declare prisão preventiva e abra investigação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Na denúncia, o partido acusa o político de "atentar contra a democracia e o Estado de Direito". O documento foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo processo que apura a atuação de milícias digitais contra a democracia e instituições legais.
A deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP), líder do partido na Câmara, destacou que, com o fim do mandato de Bolsonaro, ele perde o foro privilegiado e, portanto, pode ser preso. "Bolsonaro não tem mais foro privilegiado! Por isso, como primeira ação da nossa bancada do Psol, pedimos ao STF a prisão preventiva desse sujeito. Solicitamos também a quebra de sigilo telefônico, busca e apreensão de provas, documentos e passaporte", afirmou a deputada nas redes sociais.
A ação do Psol foi criticada por apoiadores de Bolsonaro que veem motivação política, sem provas. Para o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), essa seria mais uma ação de propaganda de partidos de esquerda. "Antes tentaram matar Bolsonaro, agora querem prendê-lo. Esquerda sendo esquerda", publicou.
A mesma linha foi seguida pelo filho do ex-presidente, o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PL). Ele publicou nas redes sociais mensagens com o mesmo teor de Nikolas e uma foto do pai após tomar a facada em Juiz de Fora na campanha eleitoral de 2018.
Jair Bolsonaro (PL) viajou aos Estados Unidos na última sexta-feira (30), antes do término do mandato. Ele não participou da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e não informou a data do possível retorno ao Brasil.
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