(Robert Atanasovski)
Cerca de 75 prefeitos de toda a Europa decidiram, neste sábado (10), no Vaticano, criar uma rede humanitária para receber os refugiados que fogem de guerras e de perseguições.
A decisão foi anunciada ao fim do encontro de dois dias organizado pela Pontifícia Academia das Ciências.
Embora estivesse previsto, o papa Francisco não compareceu ao evento. Nenhuma explicação oficial foi dada sobre sua ausência.
Sob o lema "Os refugiados são nossos irmãos e irmãs", o objetivo do encontro era trocar experiências e ideias sobre o que fazer, como organizar a acolhida dos refugiados, assim como sobre como convencer a população que não é preciso ter medo desses migrantes, nem de sua religião.
"Temos um dever de humanidade e de solidariedade com as pessoas que fogem da guerra, ou da miséria. Para mim, não há diferença", advertiu a prefeita de Paris, Anne Hidalgo.
Ela lembrou que sua cidade recebeu cerca de 20.000 refugiados em Paris provenientes de Síria, Afeganistão, Eritreia e Sudão, por exemplo.
Além dos prefeitos de Paris e de Milão, também participaram os de Madri, Roma, Barcelona, Lisboa, Bonn, Dublin, entre outras cidades importantes.
A maioria dos presentes parece concordar sobre a necessidade de combater a xenofobia e o medo infundado do estrangeiro. Também consideraram importante investir nos países africanos, de onde provém a maioria dos refugiados.