(Mariana Durães)
Professores da educação infantil estão no Plenário da Câmara Municipal de Belo Horizonte para exigir apoio dos vereadores nas negociações com o prefeito Alexandre Kalil. Cerca de 300 docentes acompanham a sessão.
Além disso, quatro comissões, com três professoras cada, têm visitado gabinetes em busca de apoio. “O Kalil está irredutível, então vamos tentar criar um grupo com os vereadores para fazer pressão”, afirma o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sind-Rede/BH), Wanderson Rocha.
Greve
Em greve desde 23 de abril, professores da rede municipal pedem equiparação de carreira entre os que trabalham nas Umeis e os do ensino fundamental. De acordo com o Sindicato, cerca 4,2 mil docentes (70% dos profissionais) aderiram à paralisação.
Atualmente, um educador infantil em início de carreira recebe R$ 1.431 por 22,5 horas trabalhadas semanalmente. A proposta apresentada pela prefeitura no mês passado previa aumento de até quatro níveis na carreira para os profissionais formados em pedagogia ou normal superior e que não tiveram progressão por escolaridade, chegando a rendimentos de R$ 1.680,79.
Para os docentes, o acréscimo de quase R$ 250 não é suficiente, e o ideal seria chegar aos R$ 2.252,42 iniciais do ensino fundamental.
Procurada, a PBH informou, por meio de assessoria, que mantém o posicionamento em relação à greve e que novas negociações serão feitas após o retorno das aulas.
A prefeitura informou ainda que acatar a reivindicação representa um aumento de 55% na folha de pagamentos e impacto de R$ 80 milhões por ano nos cofres municipais. Medida que seria “incompatível com a capacidade financeira da PBH”.