(Divulgação / Unimontes)
Professores da rede particular de Belo Horizonte e cidades da região metropolitana aprovaram "estado de greve" e prometem parar as atividades nesta quinta-feira (11). O sindicato das escolas, no entanto, afirma que as instituições funcionarão normalmente.
A categoria, representada pelo Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro-MG), reivindica reajuste salarial e valorização dos profissionais.
De acordo com o Sinpro, a decisão de paralisar as atividades vem após os trabalhadores rejeitarem a proposta de reajuste salarial do pelo sindicato patronal, o Sinepe-MG, apresentada no último sábado (6). Nesta terça-feira (9) houve uma nova reunião, mas sem acordo.
Segundo os professores, o Sinepe ofereceu 4,36% de recomposição salarial, parcelados em duas vezes, em abril e outubro. A reivindicação é de reparação das perdas pela inflação mais ganho real de 5% nos salários.
“A proposta, colocada em mesa é indecente e não reconhece nossa dedicação e o quanto seguramos a "onda" no período mais difícil da pandemia”, afirmou a presidente do Sinpro-MG, Valéria Morato.
O sindicato dos professores diz ainda que a categoria está há anos sem ganho real, com o salário desvalorizado. Em 2020, não houve reposição e, em 2021 e 2022, o reajuste não repôs a perda da inflação, alega o Sinpro-MG. A entidade afirma também que a defasagem salarial já se acumula em 20%.
O que diz o Sinepe-MG
Por nota, assinada pelo professor Winder Almeida, presidente do Sinepe-MG, a entidade disse que está sempre atenta às deliberações das assembleias das categorias, que ao longo de décadas as negociações acontecem de forma aberta e equilibrada e que as comissões buscam soluções fundamentadas em diálogos.
Almeida afirma ainda que em todos os anos os sindicatos conseguiram ajustar respostas e soluções que atenderam as partes e geraram acordos.
No entanto, o Sinepe-MG destacou que o momento atual da economia no país, “não reflete uma situação muito favorável para aqueles que empreendem e geram emprego e renda”.
Segundo a entidade, a pandemia gerou o fechamento de 44 instituições particulares - a maioria micro e pequenas empresas -, na região metropolitana de BH.
“Nossa entidade se encontra prontamente disponível, aberta e interessada, como sempre esteve, na construção de acordos e soluções que favoreçam a todos (...) e confiamos que, em muito breve, chegaremos a um acordo”, informou o Sinepe-MG.
Uma assembleia dos trabalhadores está marcada essa quinta-feira (11), às 10h, no auditório da Associação Médica de Minas Gerais.
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