(Valéria Marques)
Professores de escolas particulares de Belo Horizonte e de mais 400 municípios mineiros cobertos pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), definida pelo sindicato da categoria, entrarão em greve por tempo indeterminado a partir da próxima segunda-feira (6). A decisão foi tomada durante assembleia realizada nesta quarta (1º) pelo Sindicato dos Professores do Estado de Minas Gerais (Sinpro-MG).
A medida, tomada após dois dias distintos de paralisações das atividades, leva em consideração o pedido de recomposição salarial de acordo com a inflação acumulada e um ganho real de 5%, assim como a manutenção dos direitos previstos na convenção coletiva, regulamentação do trabalho virtual, entre outros pontos de valorização profissional.
Além disso, a categoria reclama de uma possível decisão do sindicato patronal, o Sindicato das Escolas Particulares do Estado (Sinepe MG), que pretende, por exemplo, “retirar o desconto da bolsa de quem atrasar a mensalidade, aumentar o número de situações que permitem reduzir a carga horária dos professores sem ter de indenizá-los”.
Os educadores não concordam, ainda, com as propostas apresentadas pelos donos de escolas nas negociações da campanha salarial deste ano.
“Não houve nenhum movimento por parte patronal, ao menos em uma tentativa de minimizar as perdas dos professores. O que temos visto é uma indignação da categoria como um todo”, afirmou a presidente do Sinpro, Valéria Morato.
A representante da classe ainda acredita que o movimento dará um “novo rumo” à campanha reivindicatória. “E um rumo decisivo para que a gente possa ter direito ao que nos é de direito”, finalizou.
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