(Lucas Prates)
A declaração é do ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, e foi dada durante Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, conforme informou o site de notícias Bloomberg.
A Samarco tenta voltar as atividades na cidade mineira e já havia declarado o interesse em retomar as operações com 60% de sua capacidade. Segundo a mineradora, ainda há reservas de 2,867 bilhões de toneladas no Complexo de Germano, do qual faz parte a barragem que se rompeu. O volume lhe garantiria competitividade no mercado internacional, caso consiga a aprovação dos órgãos ambientais.
O retorno ainda não foi possível pois as licenças ambientais do Complexo Germano estão suspensas. No mês passado, a BHP Billiton, uma das acionistas da Samarco, divulgou estudo que mostra que o poder público deixará de arrecadar em 2017 a quantia de R$ 989 milhões em impostos federais, estaduais e municipais.
Segundo o levantamento, com as atividades da Samarco paralisadas, também estão em risco cerca de 20 mil vagas diretas e indiretas de emprego. Minas Gerais poderia ser afetada com o fechamento de 14,5 mil postos de trabalho. Já o Espírito Santo deixaria de contar com até 4,1 mil vagas.
Tragédia em Mariana
Na tragédia ambiental, considerada a maior do país, foram liberados mais de 60 milhões de metros cúbicos de rejeitos. O vazamento provocou devastação de vegetação nativa, poluição da Bacia do Rio Doce e destruição dos distritos de Bento Rodrigues, Paracatu e Gesteira, além de outras comunidades. No episódio, 19 pessoas morreram.