Flagrantes de pessoas furando o isolamento social para a prática de atividades ao ar livre têm sido frequentes aos sábados e domingos na capital. Mas, a atitude que vai na contramão das recomendações dadas pelas autoridades de saúde também pode ser vista durante a semana. Algumas pistas de corrida e caminhada têm ficado lotadas em BH.
Não bastasse a aglomeração, muitos sequer usam as máscaras de proteção. Há ainda os que desrespeitam a distância mínima de dois metros para outro praticante da atividade física. Vale lembra que, nesta sexta-feira (8), foi divulgado que a adesão à quarentena caiu em Minas. O índice de pessoas em casa, que chegou a 62% em 22 de março, despencou para 38% em 30 de abril.
Um dos principais exemplos de relaxamento do isolamento social está na avenida José Cândido da Silveira, entre as regiões Leste e Nordeste da cidade. Lá, além da caminhada, há o uso incorreto das máscaras: sem tampar o nariz e penduradas abaixo do queixo.
Flagrantes na avenida Bernardo Vasconcelos, na região Nordeste da capital
As cenas de aglomeração de pessoas e falta do equipamento de proteção se repetem nas avenidas Bernardo Vasconcelos, região Nordeste, e José do Patrocínio Pontes, no Mangabeiras, região Centro-Sul. Ambas com muita gente na manhã desta sexta-feira (8).
Outra preocupação é com a Academia da Cidade – também barrada pelos órgãos de saúde. Alguns praticantes utilizavam os mesmos aparelhos, que não têm a higienização correta para evitar o contágio do novo coronavírus.
Riscos
O risco de contágio da doença durante exercícios, mesmo ao ar livre, é real. Foi o que atestaram pesquisadores da Universidade Católica de Leuven, na Bélgica, e da Universidade Tecnológica de Eindhoven, na Holanda, ao analisar a corrida e o ciclismo.
Após testes, levando em consideração aspectos do ar livre, a distância de segurança entre as pessoas pode chegar a cinco metros, mais que o dobro dos dois metros recomendados. Em uma recente reportagem, o Hoje em Dia mostrou a opinião de especialistas. Clique aqui.
Avenida José do Patrocínio Pontes, no bairro Mangabeiras
Fiscalização
De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), 2.064 agentes da Guarda Municipal estão nas ruas, em escala e em pontos estratégicos, para fazer a fiscalização e atender denúncias dos moradores. A população pode denunciar as irregularidades por telefone, pelo número 156, ou site da prefeitura.