O Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede/BH) criticou a decisão da da Prefeitura da capital de lançar um programa de reforço escolar para recuperar a defasagem dos alunos do 4º ao 9º devido à pandemia. O programa terá custo de R$ 128 milhões aos cofres públicos.
O sindicato se opõe ao programa por considerar que aumenta a terceirização das atividades das escolas municipais por meio de parcerias com entidades do terceiro setor.
O Sind-Rede/BH informou que defende políticas públicas para superação das lacunas de aprendizagem, desde que sejam realizadas por professores capacitados e concursados. Além disso, devem ser debatidas e construídas pelos profissionais por meio de diálogo com a comunidade escolar.
A assinatura do contrato com as Organizações da Sociedade Civil (OSCs) é outro ponto criticado pelo sindicato por apresentar "total falta de transparência nas prestações de contas e a contratação de estudantes, estagiários ou instrutores sem a formação pedagógica necessária para assumir uma sala de aula".
O jornal Hoje em Dia pediu que a PBH comentasse as críticas apresentadas pelo Sind-Rede e aguarda resposta.
Entenda o programa
Alunos da rede municipal de ensino da capital vão ganhar aulas de reforço escolar no contraturno para recuperação do aprendizado prejudicado pela pandemia de Covid-19. A informação foi divulgada pelo prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), durante visita a uma unidade de ensino no São Bernardo, região Norte da capital.
De acordo com a PBH, desde o início do ano, todos os 103 mil alunos da rede municipal foram submetidos ao reforço dentro de sala de aula e também a um diagnóstico. Agora, as crianças que apresentaram maior defasagem na aprendizagem (são mais de 10 mil) vão receber aulas extras.
Para aplicação do reforço, a Prefeitura investiu R$ 128 milhões para compra de 12 mil kits de livros didáticos, 50 mil tablets, 28 mil Chromebooks (computadores) e outros materiais.
Parceria UFMG
O programa de reforço escolar da Prefeitura conta com a parceria da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que elabora estratégias para repasse de conhecimento e habilidades aos alunos. Conforme a Prefeitura, a ideia é ampliar o reforço no contraturno para mais 10 mil alunos, chegando a 20 mil estudantes matriculados no programa.
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