JÚRI POPULAR

Suspeitos de envolvimento em morte de sindicalista são interrogados no 3º dia de julgamento em BH

Juíza Myrna Souto Myrna Fabiana Monteiro Souto, que preside as sessões, prevê que o julgamento deve ir até sexta-feira (2)

Bernardo Haddad*
@_bezao
31/07/2024 às 10:25.
Atualizado em 31/07/2024 às 11:53
 (Divulgação/ TJMG)

(Divulgação/ TJMG)

Começou nesta quarta-feira (31) o terceiro dia de julgamento de sete suspeitos de envolvimento na morte do sindicalista e vereador de Funilândia, Região Central de Minas Gerais, Hamilton Dias de Moura, ocorrida em 21 de julho de 2023. Os 7 réus estão sendo interrogados. 

O primeiro a ser interrogado é o ex-vereador Ronaldo Batista de Morais. Também serão questionados os suspeitos Antônio Carlos Cezario, Thiago Ribeiro de Miranda, Leandro Félix Viçoso, Fernando Saliba Araújo, Débora Caetano Félix Aragão e Filipe Santos Viçoso. 

Desde segunda-feira (31), foram ouvidas 11 testemunhas. O júri popular é composto por 4 mulheres e 3 homens, que compõem o Conselho de Sentença, ficam isolados e não podem conversar entre eles ou com outras pessoas sobre o julgamento.

A juíza Myrna Fabiana Monteiro Souto, que preside as sessões, prevê que o julgamento deve ser longo, indo até sexta-feira (2). 

Relembre o caso 

Hamilton foi morto em julho de 2020, no bairro Vista Alegre, região Oeste da capital. De acordo com a denúncia feita pelo MPMG, o crime teria como mandante o ex-vereador de BH, Ronaldo Batista de Morais.

O assassinato teria sido motivado por denúncias feitas pela vítima à imprensa e ao Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre supostos desvios de dinheiro no Sindicato dos Motoristas e Empregados em Empresas de Transporte de Cargas, Logística em Transporte e Diferenciados de BH e Região.

Ronaldo teria dado R$ 40 mil a Thiago Viçoso de Castro e a Felipe Vicente de Oliveira para que executassem o desafeto. Sob a orientação do ex-vereador, os suspeitos criaram um perfil falso em uma rede social e se passaram por compradores de um lote que o sindicalista estava vendendo.

Os comparsas se passaram por mulheres e atraíram a vítima para um encontro para fechar o negócio. Hamilton Moura foi assassinado com 12 tiros dentro do próprio veículo.

De acordo com o Ministério Público, o mandante seria líder da organização criminosa conhecida como "Máfia de Sindicatos", que praticava diversos delitos – inclusive com a participação de agentes de segurança pública –, como a intimidação de adversários para manter seu domínio no meio sindical.

*Estagiário sob supervisão de Gledson Leão 

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