Projeto reuniu 80 alunos na Escola Municipal Benvinda Pinto Rocha, em Nova Lima
Torneio de Xadrez (Maurício Vieira / Hoje em Dia)
Oitenta alunos do 5° ano do Ensino Fundamental participaram nesta sexta-feira (7) da 3ª edição do Torneio de Xadrez da Escola Municipal Benvinda Pinto Rocha, no bairro Jardim Canadá, em Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte. O projeto tem sido importante para melhorar o desempenho escolar e aumentar a autoestima das crianças.
A competição entrou para o calendário da instituição há três anos, desde que o Programa Escola em Tempo Integral foi implantado na unidade. O professor Hélio Souza, que dá aulas de xadrez para as crianças três vezes por semana, afirma que o esporte já contribuiu para a evolução de muitos alunos, especialmente alguns que manifestavam baixa autoestima, depressão e ocorrências escolares.
“Muitas vezes o aluno aprende a jogar e depois notamos que tem uma melhora de comportamento, de dedicação às aulas. A gente vê essa melhora, principalmente de autoestima, porque muitas vezes o estudante chega desacreditado, e com o xadrez ele passa a enxergar que consegue fazer muitas coisas”, afirma Hélio.
De acordo com Kaio Leonardo Madureira, professor-referência e coordenador dos projetos da escola, a mudança de comportamento dos alunos que participam do evento é visível.
“Aqui eles desenvolvem o raciocínio e a atitude dentro de uma competitividade saudável. Trabalham com o raciocínio lógico para questões mínimas no desenrolar do dia a dia”, explica Kaio.
Aos 9 anos, Theo Oliveira Rocha participa pela primeira vez da competição. O garoto destaca que o xadrez o ajudou a melhorar o próprio desempenho durante as aulas, trazendo maior concentração nos estudos. Para os pais de Theo, o resultado também apareceu dentro de casa.
“Primeiramente responsabilidade, porque ele não tinha tanto compromisso e gostou tanto desse projeto que agora tem medo de perder a vaga (na iniciativa). Então ele cuida e está mais comprometido com as atividades do dia a dia”, diz Floriano Silva Rocha, pai do garoto.
“Em relação à escola 'de aprendizado', ele já era bem inteligente, mas eu achei que, por exemplo, as lições da escola, agora não preciso ficar mandando fazer, ele vai lá e faz. Pegou mais responsabilidade”, completa Sara Oliveira, mãe de Theo.
Floriano Rocha e o filho Théo Oliveira, de 9 anos (Maurício Vieira / Hoje em Dia)
O torneio concedeu prêmios para todas as crianças que participaram. Entre as premiações estão medalhas, jogos de xadrez, garrafinha d’água e outros brindes.
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