(Reprodução/Facebook)
Enquanto o time titular da Chapecoense se concentra em tentar surpreender o Corinthians nesta noite, uma equipe formada por reservas tem um compromisso especial nesta quarta-feira, (1º), na Europa: um amistoso contra o Torino, outro clube marcado pela tragédia. A exemplo dos catarinenses, os italianos também foram vítimas de um acidente aéreo na década de 1940, que na época vitimou o elenco então considerado um dos melhores do mundo.
O acidente com o avião em que estava a delegação do Torino aconteceu em 4 de maio de 1949. A equipe voltava de um jogo em Lisboa e, perto da aterrissagem, com visibilidade ruim, a aeronave chocou-se com a Basílica de Superga. Todas as 31 pessoas a bordo, 27 passageiros e quatro tripulantes, morreram. Na tragédia que vitimou a Chapecoense, na noite de 28 de novembro de 2016 nas cercanias de Medellín (madrugada do dia 29 no Brasil), morreram 71 pessoas, entre elas 19 jogadores. Houve seis sobreviventes.
Dois deles, Alan Ruschel e Jackson Follmann, estão desde terça-feira, (31), em Turim com a delegação da Chapecoense. Ruschel se emocionou ao falar do jogo. "Estou muito feliz por ter este amistoso entre duas equipes que, infelizmente, estão ligadas pela mesma tragédia. Estou honrado e motivado por estar aqui."
A ideia do amistoso nasceu no ano passado durante um encontro em Roma do presidente da Chapecoense, Plinio Des Nes Filho, com o diretor geral do Torino, Antonio Comi.
Ambos estavam participando de uma visita ao papa Francisco, no Vaticano. O presidente do time de Turim, Urbano Cairo, encampou o projeto. O jogo demorou cerca de um ano para ser realizado por falta de datas.
As despesas com a viagem de três dias da delegação brasileira estão sendo pagas pelos italianos. Em Turim, os jogadores da Chapecoense iriam visitar o local da tragédia de 69 anos atrás e também o Museu da Grande Torino e da Lenda Granata, construído em homenagem às vítimas da tragédia de Superga.
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