(Pedro Gontijo)
A promotora de vendas Natalia Rosário, de 26 anos, é uma delas. “Já entro olhando para as pessoas. A gente aprende a identificar as situações e possíveis agressores. Mas, não tem jeito. Quando está muito cheio sempre tem homem encoxando as mulheres”.
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Os abusos constantes incentivaram, no ano passado, a aprovação de uma lei que criou o chamado “vagão rosa”, de uso exclusivo de mulheres. A CBTU reservou o espaço de 6h30 às 8h30 e das 17h às 19h, de segunda a sexta-feira, exceto feriados. No entanto, quase um ano depois da norma, o serviço ainda passa despercebido.
Sem indicações
Ontem, a reportagem não localizou indicações sobre o vagão. Além disso, atualmente existem dois tipos de trens em circulação. No mais novo, os carros são interligados.
A CBTU garante que, desde novembro de 2016, cumpre a legislação. Em nota, a empresa afirmou que “a colaboração dos usuários também continua sendo fundamental para que todos tenham seus direitos respeitados”.
Canais
Para evitar ocorrências, o metrô da capital desenvolve estratégias com agentes uniformizados e à paisana, além de câmeras de vigilância. São mais de 400 agentes treinados para agir em benefício dos passageiros, diz a empresa.
Em operação há pouco mais de um ano, um serviço de mensagem de texto – por meio do número (31) 99999-1108 – é um dos canais disponíveis à população. Em média, são recebidas 160 denúncias por mês. Os principais são “a ação de pedintes, presença de camelôs, vandalismo, importunação ofensiva ao pudor, furtos, ocorrências envolvendo pedestres na via e a ação de torcidas organizadas”.
(Colaborou Raul Mariano)