(YURI KADOBNOV/AFP)
A escuderia Red Bull, de Fórmula 1, fez o primeiro teste de um protótipo de para-brisas nos treinos livres para o GP da Rússia, nesta sexta-feira. O equipamento faz parte de uma série de estudos que as equipes têm apresentado para aumentar a segurança dos pilotos. A partir de 2017 a Federação Internacional do Automóvel (FIA) exigirá proteção extra para a cabeça dos pilotos nos monopostos da categoria, e desde o início do ano as equipes têm testado soluções eficazes e com o mínimo de prejuízo à performance dos carros.
Em Janeiro, a Ferrari testou o Halo (auréola) que é uma espécie de santo-antônio na altura do capacete. A Mercedes também revelou um esboço de um protótipo nos mesmos moldes da versão elaborada pela Ferrari. No entanto, o dispositivo testado pela Red Bull é o que parecer o mais eficiente.
Com formato que lembra a viseira do capacete, mas em proporção maior. É muito parecida com os parabrisas dos protótipos que correm em Le Mans, mas sem a cobertura de teto. A vantagem é que não cria bloqueio na visão como as demais propostas, que têm um suporte ao centro.
No entanto, o para-brisas da Red Bull gera maior arrasto que os arcos apresentados por Mercedes e Ferrari, que têm formato que direciona o fluxo de ar.
Acidentes graves como o piloto Jules Bianchi em 2014, assim como o morte do piloto da Indy, Justin Wilson, em 2015, devido choque com detritos poderiam ter sido evitados se houvessem proteção para a cabeça, além do capacete.
Até mesmo o acidente com Felipe Massa, atingido por um parafuso que se desprendeu do carro Rubens Barrichello em 2009, poderia não ter passado de um susto.
Em janeiro, o presidente da Associação dos Pilotos da Fórmula 1 (GPDA), Alexander Wurz, disse à BBC que não há como adiar a instalação de uma solução segurança no cockpit. “Os carros fazem curvas cada vez mais velozes o que aumentam o risco de uma colisão”. Wurz também cobra pneus de maior aderência para evitar perdas de controle.