(Foto: Lucas Prates/ Hoje em Dia)
O governador Romeu Zema (Novo) reconheceu que errou ao prometer uma recomposição salarial de 41% aos servidores das forças de segurança de Minas. O reajuste, que seria feito em três parcelas, foi proposto pelo chefe do Executivo em 2019. O Estado, no entanto, não cumpriu com o determinado.
Zema considerou que o futuro é “incerto” e que, por isso, o compromisso não deveria ter sido firmado. Na ocasião, o governo enviou um projeto de lei à Assembleia Legislativa em que concedia o reajuste dividido em parcelas de 13% e 14%. Apenas a primeira foi quitada.
“Uma das coisas que fica muito clara é que você não pode fazer compromisso no futuro. Naquele momento ninguém sabia que uma pandemia viria. A pandemia veio e a arrecadação do Estado despencou. Além disso, veio uma mudança legal, que é exatamente a lei de responsabilidade fiscal, que proíbe um Estado como Minas Gerais fazer o reajuste diferenciado para algumas categorias e acima da inflação do ano anterior”, disse em entrevista à Rádio Itatiaia.
Em Minas, servidores das forças de segurança estão com as atividades paralisadas desde o mês passado. Eles reivindicam a recomposição e condenam o projeto proposto pelo governo, com um aumento de 10,6%.
“Nós hoje queremos que o funcionalismo venha a ter melhorias no salário, estamos já recompondo a inflação de 2021 e queremos que no futuro, à medida que a situação financeira do Estado melhore, nós venhamos a proporcionar muito mais”, concluiu Zema.